A Internacional Socialista.
L´internationale
A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Poittier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris.
A Comuna de Paris foi a primeira tentativa da história de criação e implantação de um governo socialista. Teve início com a revolução proletária na capital francesa, durando de 18 de março a 28 de maio de 1871.
A situação de Paris ficou muito complicada quando Adolphe Thiers (presidente da França entre 1870 e 1873) assinou o tratado de rendição na guerra da França contra a Prússia. A capital francesa ficou cercada pelo exército prussiano, levando grande desconforto, revolta e preocupação para os parisienses.
Com o clima político tenso, uma insurreição popular estourou em março de 1871, derrubando o governo republicano em Paris. Jacobinos e socialistas constituíram um novo governo para a cidade, chamado de Comuna de Paris.
Causas principais:
- Dominação política e econômica da burguesia parisiense sobre a classe operária;
- Péssimas condições de trabalho dos operários;
- Derrota da França na Guerra Franco-Prussiana (1871);
- Os operários franceses não concordaram com a rendição da França para a Prússia;
Tentativa do governo em jogar para cima dos trabalhadores as dívidas de guerra, que deveriam ser pagas com aumento de impostos.
Medidas tomadas pela Comuna de Paris
As medidas tomadas pelo Conselho da Comuna tinham como meta principal a melhoria das condições de vida e trabalho dos operários e trabalhadores de baixa renda. Entre as principais medidas, podemos citar:
- Controle de preços de gêneros alimentícios;
- Ampliação dos prazos para o pagamento dos aluguéis;
- Fixação de remuneração mínima dos salários dos trabalhadores;
- Medidas voltadas para a melhoria nas condições de habitação popular;
- Adoção de medidas de proteção contra o desemprego.
- Criação do Estado Laico, através da separação entre Estado e Igreja;
- Administração das fábricas da cidade feita pelos operários (autogestão);
- Administração do governo municipal de Paris feita pelos próprios funcionários públicos (autogestão);
- Estabelecimento de ensino gratuito para todos.
Como terminou - principais consequências
O massacre brutal da Comuna de Paris ainda é um fato histórico de difícil compreensão. Durante dois dias em maio de 1871, 130 mil soldados do Exército francês entraram em Paris para reprimir a Comuna, uma revolta popular contra a opressão da burguesia e a insatisfação com a dura derrota da França na guerra contra a Prússia. Os historiadores ainda discutem os números exatos dos mortos durante o conflito, mas sete dias depois o exército assassinara aproximadamente 10 mil manifestantes, simpatizantes desarmados e espectadores. Os prisioneiros foram mortos indiscriminadamente. Das 36 mil pessoas presas, cerca de 10 mil foram executadas, encarceradas ou deportadas.
Os antigos governantes, representantes do governo republicano burguês que haviam sido retirados do poder de Paris, conseguiram organizar uma reação ao governo revolucionário socialista da Comuna de Paris. Com forte aparato militar e policial, a alta burguesia da cidade reagiu com força e violência, prendendo ou executando os líderes e demais integrantes da Comuna de Paris.
Em 28 de maio de 1871, os republicanos retomaram o poder na capital francesa, acabando com a primeira experiência de um governo revolucionário e socialista de composição operária.
A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Gevter (1848–1932) transformou o poema em música.
A Internacional ganhou particular notoriedade entre 1922 e 1944, quando se tornou o O Hino da União Soviética.
Desde então, foi traduzida em inúmeros idiomas. A canção é tradicionalmente cantada com o punho fechado ao ar. Apesar de estar associada aos movimentos socialistas, A Internacional também serve de hino para comunistas, social democratas e anarquistas.
Não há uma data exata da chegada do hino em terras brasileiras. Contudo, sabe-se que seu canto foi amplamente difundido na grande Greve Geral promovida por anarco-sindicalistas em São Paulo em 1917. É certo, todavia, que o hino dos trabalhadores aportou em terras tupiniquins junto com trabalhadores imigrantes alemães, portugueses, espanhóis e italianos.
A letra mantém-se muito próxima à versão de Neno Vasco. Mas mantém versos antimilitaristas ("Verás que nossas balas, são para os nossos Generais" - o equivalente a General em Portugal). Isto poderia ser explicado pela participação distinta dos militares portugueses e brasileiros na política em seus respectivos países. Enquanto o Brasil teve um Golpe de Estado Militar (1964) de caráter reacionário empenhado em desmobilizar pela repressão toda e qualquer organização popular, conforme desejava a Operação Condor, em Portugal, ao contrário, os militares fizeram uma revolução democrática social e pró-trabalhadores (Revolução dos Cravos) em 1974.
É usada como canção oficial do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Comunista Revolucionário. Os anarquistas brasileiros também o adotam. Porém, diferentemente dos comunistas, mantêm a versão original da tradução de Neno Vasco para o verso "Messias, deus, chefes supremos", ao invés de "Senhores, patrões, chefes supremos". O verso é suprimido na versão do Partido Comunista para evitar conflitos com alas da Igreja Católica que o apoiavam.
Uma das versões em português
Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com
suapesquisa.com
opiniaoenoticia.com.br
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