quinta-feira, 14 de maio de 2020

Edward Jenner nasceu em 17 de maio de 1749 em Berkeley, condado de Gloucester, Inglaterra e faleceu em 26 de janeiro de 1823 na localidade de Berkeley (Estados Unidos). Foi um famoso pesquisador, médico e poeta, que ainda descobriu a vacina antivariólica em 14 de maio de 1796, para combater a varíola, doença que tinha se convertido em uma terrível epidemia atacando vários continentes. No século XVIII, a varíola era uma das doenças epidêmicas com maior índice de mortalidade. 

Edward Jenner, inventor da vacina - Especial Coronavírus - Jornal NH

Edward Jenner


O único tratamento conhecido na época era de natureza preventiva, e consistia em inocular (introduzir uma substância no organismo) um sujeito sadio com matéria infectada procedente de um paciente acometido de um ataque leve de varíola. Tal princípio se baseava na evidência empírica de que um indivíduo que tivesse superado a doença não voltaria a contraí-la. 


Em busca do segredo da primeira vacina da humanidade, que ...


Contudo, a pessoa inoculada nem sempre desenvolvia uma versão leve da doença e geralmente falecia; além disso, podia agir como foco de infecção para os que a rodeavam.

Conheça a história das vacinas - Bio-Manguinhos/Fiocruz ...



Edward Jenner, decidiu promover a experiência mais ousada da história. Tanto que hoje provavelmente seria proibido. Jenner havia observado que as mulheres ordenhadoras contaminadas com a benigna varíola das vacas não sofriam a varíola humana que enchia as ruas de cadáveres. Num dia de 1796, colheu o líquido das espinhas de uma dessas mulheres, Sarah Nelmes, e o inoculou em um menino de 8 anos, James Philipps. Seis semanas depois, o médico introduziu a transpiração de um doente de varíola no braço do menino. E o garoto, em vez de morrer chafurdando em fezes, sobreviveu.

Jenner acabava de inventar a imunização, um ato que atualmente salva nove milhões de vidas por ano, segundo a Uunicef (órgão da ONU para a infância). Como a ideia surgiu da observação das vacas e das mulheres que as ordenhavam, o benéfico pus acabou sendo chamado de vacina. Mas a cientista brasileira Clarissa Damaso acredita que o nome é equivocado. “Talvez a vacina devesse se chamar equina. E o procedimento deveria se chamar equinação em vez de vacinação”, afirma.

A varíola foi derrotada há quatro décadas. O cozinheiro somali Ali Maow Maalin, então com 23 anos, foi a última pessoa a ser infectada pela varíola de maneira natural, em 26 de outubro de 1977. Sua foto meses depois – curado, sorridente e sem pústulas – é um ícone da saúde pública. Graças a uma campanha de vacinação maciça, capitaneada pela Organização Mundial da Saúde, a varíola é a única enfermidade humana erradicada da face da Terra. Mas o que havia dentro das vacinas usadas desde 1796 contra essa peste?


Ali Maow Maalin, último doente natural de varíola
Ali Maow Maalin


Damaso, bióloga molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ressalta que em nenhuma das antigas vacinas que ainda estão conservadas aparece a varíola bovina. Sua pesquisa sugere que Jenner teria utilizado a varíola de cavalos. O próprio médico em inglês, em um texto publicado em 1798, defendia que “a doença progride do cavalo ao mamilo da vaca, e da vaca para a pessoa”, destaca Damasio em um estudo publicado na revista especializada The Lancet Infectious Diseases.

Como quase qualquer avanço ao longo da história, a imunização enfrentou a oposição de alguns setores da Igreja. No século XVIII, um proeminente reverendo cristão de Londres, Edmund Massey, diante dos progressos que acabariam resultando na vacina de Jenner, atacou as medidas de saúde preventivas por julgar que elas se opunham aos desígnios de Deus. No entanto, seus argumentos acabaram no lixo da história e o sucesso da vacina no século XIX foi enorme.


Varíola é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus da varíola, um ortopoxvírus. Provoca morte de até 30%. A infecção nativa foi erradicada. A preocupação principal quanto a epidemias é o bioterrorismo. Sintomas constitucionais intensos e rash cutâneo com pústulas características se desenvolvem. O tratamento é de suporte. A prevenção envolve a vacinação que, por causa de seus riscos, é realizada de forma seletiva.



Varíola - O que é, sintomas, causas e tratamentos para a doença


Nenhum caso de varíola ocorreu no mundo desde 1977, em razão da vacinação mundial. Em 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a descontinuação da vacinação rotineira contra varíola. A vacinação rotineira nos EUA terminou em 1972. Como seres humanos são os únicos hospedeiros naturais do vírus de varíola e este não pode sobreviver mais 2 dias no meio ambiente, a OMS declarou erradicada a infecção natural.


Preocupações com o uso bioterrorista do vírus da varíola armazenado para pesquisa ou mesmo de vírus criados sinteticamente levantam a possibilidade de recorrência.

Devido  às pústulas causadas pela doença ela também é conhecida como "bexiga".


O bairro da Bela Vista, na região central da capital, mais conhecido como Bexiga, denominação que recebeu o loteamento, de 1890, da antiga Chácara do Bexiga, ao que consta, assim chamada porque seu antigo proprietário era conhecido por Antônio Bexiga em razão do rosto marcado pela varíola.



Rua São Domingos 1922 – 2018


Os moradores para desassociar o nome com a doença passaram a chamar o bairro pela grafia atual "Bixiga" 



Fontes:
seuhistory.com
google.com
wikipedia.org
brasil.elpais.com
unicamo.br
msdmanuais.com

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