Em meados do século XVI na Hispano-américa os espanhóis estavam firmemente estabelecidos no México e no Peru. Nestas colônias havia uma porcentagem importante de cristãos. Surgiram então pedidos para nomear um tribunal da Inquisição. O rei Felipe II criou em 7 de fevereiro de 1569 os tribunais da Inquisição na cidade do México e em Lima. A Inquisição foi uma instituição judicial criada pelo pontificado na Idade Média com a missão de localizar, processar e sentenciar as pessoas culpadas de heresia (opinião ou doutrina contrária à Igreja). Na Igreja primitiva a pena habitual por heresia era a excomunhão. Com o reconhecimento do cristianismo como religião estatal no século IV pelos imperadores romanos, os hereges começaram a ser considerados inimigos do Estado, sobretudo quando tinham provocado violência e alterações de ordem pública.
Tomás de Torquemada
Tomás de Torquemada nasceu em Valladolid (ou, segundo outros, em Torquemada) no ano de 1420 Fez-se Religioso dominicano, exercendo por 22 anos o cargo de Prior do convento de Santa-Cruz em Segóvia. Já aos 11 de fevereiro de 1482 foi designado por Sixto IV para moderar o zelo dos Inquisidores espanhóis. No ano seguinte o mesmo Pontífice o nomeou Primeiro Inquisidor de todos os territórios de Fernando e Isabel.
Extremamente austero para consigo mesmo, o frade dominicano usou de semelhante severidade nos seus procedimentos judiciários. Dividiu a Espanha em quatro setores inquisitoriais, que tinham como sedes respectivas as cidades de Sevilha, Córdova, Jaen e Villa (Ciudad) Real. Em 1484 redigiu, para uso dos Inquisidores, uma “Instrução”, opúsculo que propunha normas para os processos inquisitoriais, inspirando-se em tramites já usuais na Idade Média; esse libelo foi completado por dois outros do mesmo autor, que vieram a lume respectivamente em 1490 e 1498.
O rigor de Torquemada foi levado ao conhecimento da Sé de Roma; o Papa Alexandre VI, como dizem algumas fontes históricas, pensou então em destitui-lo de suas funções; só não o terá feito por deferência a corte da Espanha. O fato é que o Pontífice houve por bem diminuir os poderes de Torquemada, colocando a seu lado quatro assessores munidos de iguais faculdades (Breve de 23 de junho de 1494).
Quanto ao número de vítimas ocasionadas pelas sentenças de Torquemada, as cifras referidas pelos cronistas são tão pouco coerentes entre si que nada se pode afirmar de preciso sobre o assunto.
Tomás de Torquemada ficou sendo, para muitos, a personificação da intolerância religiosa, homem de mãos sanguinolentas.
Fontes:
seuhistory.com
google.com.br
cleofas.com.br
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