quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Hoje vamos falar da Literatura Angolana.


Como todos sabemos Angola foi uma colônia portuguesa, que obteve a sua independência em 11 de novembro de 1975.

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A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o projeto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge por volta de 1950 gerando o movimento Novos Intelectuais de Angola.


Depois de passado a alegria dos primeiros anos da independência e depois do fracasso da experiência socialista e de guerras civis devastadoras, acontece às injustiças do presente. Tanto, porque, não havia competência para levar adiante a independência com certa modernidade.


A literatura de Angola muitas vezes traz muito realismo em suas imagem do preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do sofrimento pela morte dos entes queridos, da exclusão social.



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A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colônia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido. O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial européia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos, um com escritos na nascente da realidade dialética, o outro com traços de ruptura.


Foi na primeira metade do século XIX que surgiram as primeiras publicações “angolanas” que proporcionaram as condições necessárias para a manifestação do fenômeno literário que teria lugar em Angola durante os últimos anos do século XIX. Uma das publicações pertencentes a este período é o livro de poemas de José da Silva Maia Ferreira, Espontaneidades da Minha Alma, que foi impresso em Luanda em 1849 e possivelmente constitui até hoje o primeiro volume de poemas publicados em todos os países africanos de língua oficial portuguesa.


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José da Silva Maia Ferreira é, sem sombra de dúvida, elemento importante no estudo do surgimento da literatura em Angola. Ele foi o primeiro poeta “angolano” a publicar uma obra lírica em verso e, ao mesmo tempo, a primeira obra impressa em Angola. Segundo alguns autores, as obras de Maia Ferreira constituem o ponto de partida do estudo e desenvolvimento da literatura em Angola . Além de publicar Espontaneidades da Minha Alma, livro que ele dedicava a todas as mulheres africanas, Carlos Ervedosa considera que José da Silva Maia Ferreira terá deixado vasta colaboração no Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro, que terá sido naquela altura a publicação periódica mais lida e espalhada entre os portugueses, seus descendentes e nativos letrados das colônias, pelo mundo fora.

Segundo Francisco Soares [2000: 132], José da Silva Maia Ferreira constitui um dos fenômenos típicos de assimilação cultural do século XIX. Filho de comerciantes “angolanos” ligados ao negócio de escravos, Maia Ferreira teria recebido influências da sociedade brasileira onde viveu alguns anos até 1845, altura em que regressou para Angola. Da vasta leitura que fazia, figuravam sobretudo obras de origem brasileira e portuguesa. Assim, ao contribuir para a formação da literatura em Angola, fê-lo trazendo consigo elementos tanto da literatura portuguesa como da brasileira.



Alguns escritores e intelectuais angolanos de destaque:




Agostinho Neto, poeta -  (1922 – 1979)

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Nasceu em Kaxicane, região de Icolo e Bengo, em 17 de Setembro de 1922. Fez os estudos liceais em Luanda. Formou-se em Medicina em Portugal. Colaborou em diversas publicações periódicas em Angola, Portugal e Brasil. Foi por diversas vezes preso pela política portuguesa.


Aires Almeida dos Santos(1922-1991)

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Nasceu em 1922 no Chinguar, província do Bié. Passou a infância em Benguela e a adolescência no Huambo. Em Benguela fez os estudos primários e no Liceu do Lubango concluíu o 7º ano.


Alexandre Dáskalos (1922-1991)


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Nasceu no Huambo em 1924. Fez a instrução primária e secundária no Huambo, antiga Nova Lisboa. Em 1942 frequentou o liceu de Sá da Bandeira (Lubango), onde concluíu o 7º ano.


Amélia Dalomba (poetisa) 

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Amélia Dalomba, nasceu em Cabinda aos 23 de Novembro de 1961. Tem exercido atividades profissionais em diversas áreas do jornalismo, nomeadamente radiofônico e de imprensa. Publicou poemas e artigos no Jornal de Angola. Presentemente prossegue os estudos superiores de Psicologia. 

Dois poemas de Amélia Dalomba: 





Mãos


Mãos desenham raízes dos cânticos da terra 
Geram vida na identidade da flor entre o espírito da letra 
Engendram salmos na inserção da cruz às preces das dores 
Mãos são séculos de páginas aos joelhos de Fátima 
São lágrimas ao altar do desespero 

Herança de morte 

Lírios em mãos de carrascos 
Pombal à porta de ladrões 
Filho de mulher à boca do lixo 
Feridas gangrenadas sobre pontes quebradas 
Assim construímos África nos cursos de herança e morte 
Quando a crosta romper os beiços da terra 
O vento ditará a sentença aos deserdados 
Um feixe de luz constante na paginação da história 
Cada ser um dever e um direito 


Na voz ferida todos os abismos deglutidos pela esperança 


Fontes: 
wikipedia.org 
journals.openedition.org/ras/1227 
aresemares.com/index.php 
google.com.br 
poesiangolana.blogspot.com

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