segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Por que falamos que as cegonhas trazem os bebês?

Há milênios a ave é relacionada à fertilidade e aos bebês; a explicação tem a ver com seu instinto migratório

Todos nós sabemos de onde vem os bebês: uma cegonha vem voando sobre a cidade, levando no bico um lençol, e pousa diante da porta de um feliz casal, que tira de entre os panos o seu precioso e sorridente bebê. Certo? Esse mito já foi uma história muito popular contada às crianças ainda novas demais para saberem algo diferente.
Cegonhas são relacionadas a bebês e famílias há milênios. Na mitologia grega, elas estavam ligadas ao sequestro de bebês, depois que Hera transformou sua rival em uma cegonha e ela tentou então roubar o seu filho. Na mitologia egípcia, a alma de uma pessoa era geralmente representada por uma cegonha. A volta de uma cegonha significava o retorno da alma, quando a pessoa poderia ser reanimada. Já na mitologia nórdica, a cegonha representava os valores familiares e o compromisso de um com o outro.

Resultado de imagem para por que a cegonha que leva os bebes ?


Em diversas mitologias, as cegonhas são um símbolo de fidelidade e do casamento monogâmico, porque crê-se largamente que esses animais têm apenas um companheiro pela vida toda. Na verdade, não é bem assim: as cegonhas tendem a retornar para os mesmos ninhos todo ano e geralmente acasalam então com o mesmo parceiro.

                                Cegonha, a história que não te contaram
Hans Christian Andersen popularizou a fábula em As cegonhas, um pequeno conto que ele escreveu no século XIX. Na história, as cegonhas voam sobre um vilarejo quando são provocadas por um garoto. Elas se vingam deixando um bebê morto na casa da sua família. Nessa versão, as cegonhas tiram os bebês de uma lagoa e os entregam a famílias que têm bons filhos. Outra versão popular é a de que os bebês são encontrados em cavernas chamadas Adeborsteines – literalmente “rocha da cegonha”, em alemão. O termo pode se referir também a rochas em que os bebês seriam “chocados”; a pedras pretas e brancas que as crianças jogam para cima para dizer às cegonhas que querem um irmãozinho; ou a rochas nas quais os bebês são deixados para secar depois de serem pegos do mar.
A história foi amplamente difundida devido à necessidade de contornar as questões espinhosas das crianças tanto quanto possível. No tempo de Andersen, o sexo era um tabu. Mesmo hoje, muitas crianças ganham irmãozinhos antes de estarem preparadas para “aquela conversa”, mas a sua natureza curiosa exige que os pais expliquem de alguma forma.


Curiosidades

– Em alguns países, acreditava-se que deixar doces na janela era uma maneira de informas as cegonhas que a casa estava pronta para ter um bebê.
– Na Grécia antiga, havia uma lei que obrigava os filhos a cuidar dos seus pais idosos. A lei chamava-se Pelargonia, palavra que deriva do termo grego para cegonha: pelargos. As cegonhas costumam cuidar dos seus filhotes ainda por muito tempo depois de eles já terem aprendido a voar e a buscar alimento, o que levou à crença de que o mais novo estava cuidando do mais velho.
– As cegonhas costumavam fazer ninhos nos telhados e nas chaminés. Uma cegonha no próprio telhado significava que o casal teria um filho.


Ao que parece, essa crença surgiu em alguns pequenos vilarejos na Holanda. Como a população do local foi aumentando, a quantidade de casas que foram construídos no entorno da vila também seguiu a mesma crescente. Com isso, existiam mais telhados para que as cegonhas — aves comuns na região — fixassem pouso durante seus passeios diários.


Fontes:

recreio.uol.com.br
semprefamilia.com.br
megacurioso.com.br
brasilescola.uol.com.br




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...