segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Hoje vamos falar do livro "O vermelho e o negro" (Le rouge e le noir) do escritor francês Stendhal.


O nome da obra é motivo para controvérsias. Discute-se muito a que Stendhal se referia com o "vermelho" e o "negro". Muitos atribuem o negro a cor da batina do herói e o vermelho ao sangue lavado, mas há outras interpretações que também podem ser citadas como a razão para o nome. O que reforça a dúvida é que em certas ocasiões, conclamam que o nome "O Vermelho e o Negro", vem do vermelho da antiga farda vermelha (que depois tornou-se azul-claro) dos franceses e o negro da batina dos padres, demonstrando a principal dúvida de Julien: "revelar-se nobre e ter ascensão rápida e garantida na hierarquia religiosa, ou continuar mundano sob as mesmas circunstâncias na vida militar". Essa é uma interpretação para a aceitação de um jovem de origem humilde nos meios sociais de maior vulto e influência.

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O vermelho e o negro conta a história de Julien Sorel, um jovem pobre e talentoso que, nos convulsivos anos de 1830, deixa para trás sua origem provinciana para circular entre as altas esferas da sociedade parisiense. 
Mas o passado é traço difícil de apagar, e tão fortes quanto a determinação de Julien são as paixões que o dominam: o jovem tenta sufocar lembranças pessoais e a admiração ardente que nutre por Napoleão, figura non grata nos salões burgueses da Restauração, mas o faz em vão. 
Crônica mordaz de seu tempo e romance inaugural do gênero psicológico, não é à toa que esta obra cumpriria à risca o destino vaticinado por seu autor, vindo a ser compreendida apenas muitos anos após sua publicação.




O primeira parte do  livro apresenta Julien Sorel, que preferia gastar seu tempo lendo ou sonhando com a glória do exército de Napoleão a trabalhar como carpinteiro no quintal do pai ao lado de seus irmãos. Julien Sorel acaba se tornando um acólito do cura Chélan, que mais tarde lhe assegura um lugar de tutor para os filhos do prefeito de Verrières, Sr. de Rênal.

Sorel, que parece ser um clérigo piedoso e austero, na realidade tem pouco interesse na Bíblia, além de seu valor literário e a forma como ele pode usar passagens memorizadas para impressionar as pessoas importantes (passagens que ele, aliás, aprendeu em latim).

Após a sua chegada a casa dos Rênal, Julien Sorel apaixona-se pela Sra. de Rênal (mulher tímida e ingênua). A Sra. de Rênal era bondosa com este, e, pouco a pouco, sem se aperceber, apaixona-se por Julien, envolvendo-se com ele. A relação de adultério entre estas duas personagens será revelada, mais tarde, pela camareira da Sra. de Rênal, Elisa. Esta pretendia casar com Julien Sorel, que negou o seu amor. Então, para se vingar, Elisa contou a toda a cidade que a sua patroa e o empregado eram amantes (perante isto os habitantes reconheceram que Julien era um homem moderno). Depois desta revelação à cidade, chegou a vez do Sr. de Rênal receber em sua casa uma carta anônima, acusando sua mulher e Julien de serem amantes. As ordens do cura Chélan é que Sorel vá para um seminário em Besançon. Apesar de seu ceticismo inicial, o diretor do seminário, o abade Pirard (um jansenista e, portanto, ainda mas odiado que os jesuítas na diocese), começa a gostar de Sorel e torna-se seu protetor. Quando o abade Pirard deixa o seminário desgostoso com as maquinações políticas da hierarquia da Igreja, salva Sorel da perseguição que iria sofrer na sua ausência, recomendando-o como secretário do Marquês de La Mole, um legitimista católico.

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O Livro II, que começa antes da Revolução de Julho, narra a vida de Sorel em Paris com a família do senhor de La Mole. Apesar de se movimentar na alta sociedade e de seus talentos intelectuais, a família e seus amigos menosprezam Sorel devido à sua origem plebeia. O ambicioso jovem está consciente do materialismo e hipocrisia da elite parisiense. O espírito contrarrevolucionário da época torna impossível mesmo para homens bem-nascidos, com intelecto e sensibilidade estética superiores, participar dos assuntos públicos na nação.

Sr. de La Mole, que gostava de Sorel, leva-o para uma reunião secreta e o envia em uma perigosa missão para a Inglaterra, onde ele retransmite a um destinatário não identificado uma carta política que ele aprendeu de cor. Sorel aprende a mensagem de forma mecânica, mas não consegue avaliar o seu significado. É na realidade parte de uma conspiração legitimista, e o destinatário é presumivelmente um aliado do duque d'Angoulême, então no exílio, em Inglaterra. Assim, arrisca sua vida para servir a essa facção a que mais se opõe. Ele se justifica, pensando apenas em ajudar o senhor de La Mole, um homem que ele respeita.

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Fontes:
wikipedia.org
companhiadasletras.com.br
googke.com.br

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