Em 13 de Outubro de 1307, por ordem do Papa Clemente V seguindo conselhos do Rei Felipe IV , o Belo da França, a Ordem dos Cavalheiros Templários foi perseguida, presa e morta naquela sexta-feira 13.
Papa Clemente V
Felipe IV
Para falarmos de Clemente, falaremos um pouco sobre o francês Filipe, que em suas primeiras décadas de reinado gastou todo o dinheiro que podia em itens de luxo para a corte, como também em guerras contra a Inglaterra. Quando no início do século 14 o dinheiro público começou a acabar, o rei buscou uma maneira de restabelecer os cofres da nação e assim adotou medidas drásticas como desvalorizar a moeda, expulsar os judeus da França – confiscando suas posses – além também de tomar os bens dos banqueiros e abades. Mesmo não tendo a quantia desejada, Filipe teve a ideia de cobrar impostos sobre metade do rendimento anual do clero.
A História sempre se repete, os nazistas também culparam os judeus pela ruína da Alemanha no século XX e tomaram seus bens, e os mandando para campos de concentração.
Claramente tudo isso gerou a reprovação de toda Europa e também a maior reprovação de todas, a do Papa Bonifácio VIII, maior autoridade religiosa da época. Planos para derrubar o monarca eram feitos em várias partes da Europa, até que alianças contra Filipe estavam sendo criadas.
Filipe IV, o Belo, não gostava do poder que os Cavaleiros Templários tinham acumulado ao longo dos últimos dois séculos. A sua magnificência era tal que só o Papa, na época Clemente V, podia ter mão sobre a Ordem. Por isso, Filipe IV usou do seu poder de persuasão e tentou convencer o Papa a acusar a Ordem de crimes de heresia, imoralidade e sodomia. Não foi fácil, porque Clemente V sabia que a sua aliança com os Templários era útil para manter uma presença militar bem vincada na Palestina. No entanto, não foi capaz de travar o plano do rei porque os boatos que circulavam sobre os templários já começavam a denegrir a imagem da própria Igreja: se continuasse a defender a Ordem, também a sua boa imagem seria arrastada pela lama.
Os Templários foram sujeitos às mais cruéis formas de tortura, alguns ficaram em prisão perpétua e outros foram queimados na fogueira, um castigo normalmente aplicado às bruxas. Um dos Templários condenados à morto por fogo foi o próprio Tiago de Molay. Perante o rei e todas as tropas do reino que tinham conduzido a Ordem dos Templários à morte, Molay lançou uma maldição mortífera: “Deus sabe que nos trouxe para o limiar da morte com grande injustiça. Em breve virá uma enorme calamidade para aqueles que nos condenaram sem respeitar a verdadeira justiça. Deus vai retaliar a nossa morte. Vou perecer com essa garantia”.
A partir de então a sexta-feira 13 passou a ser considerada um dia de azar.
Fontes:
observador.pt/2017/01/13/sexta-feira-13
misteriosdomundo.org/
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