Hoje 24 de Maio comemora-se a Batalha do Tuiuti na Guerra do Paraguai em 1866.
Em 24 de maio de 1866, acontecia a Batalha de Tuiuti, considerada a maior e mais sangrenta batalha campal da história da América do Sul. Cerca de 55 mil homens participaram do conflito, que fez parte da Guerra do Paraguai. A luta foi travada entre a Tríplice Aliança (formada por Brasil, Argentina e Uruguai) e forças paraguaias em uma região pantanosa, arenosa e de difícil locomoção no sudoeste do Paraguai.
A guerra havia começado em dezembro de 1864. Após a invasão do Paraguai, em abril de 1866, começou a segunda e maior fase do conflito. Depois de marcharem, vindos da região paraguaia de Passo da Pátria, que havia sido palco de outra batalha, os aliados estabeleceram o quartel-general em Tuiuti, na confluência dos rios Paraná e Paraguai. Cerca de 32 mil soldados acamparam em uma parte seca da região. Foi lá que se iniciou a contaminação por cólera, epidemia que viria assolar o exército pelos próximos anos. A superlotação, má qualidade da água e os sepultamentos tornaram-se propícios ao surto desta epidemia
Entre os dias 22 e 23 de maio, os aliados fizeram um reconhecimento da região à frente das posições defensivas paraguaias. Apesar de não saberem os pormenores destas defesas, constataram que se tratava de posições organizadas e armadas, com baluartes dentro das matas, que impediam o acesso a tal localização. Ao analisar estas informações, o alto comando decidiu por um ataque, no mais tardar em 25 de maio, uma vez que as tropas que estavam fazendo o reconhecimento não o haviam finalizado.
Francisco Solano López, ditador paraguaio, soube das intenções dos invasores e decidiu agir antecipadamente. Ele optou por atacar os aliados com um plano considerado inovador, usando a cavalaria como ponta de lança, em um período em que esta era usada no fim da batalha. As forças empregadas por López somavam 24 mil soldados, divididos em quatro colunas, que atacaram pelo centro e pelos flancos do acampamento aliado.
As forças aliadas foram pegas completamente de surpresa, pois não esperavam um ataque em uma região que favorecia a defesa. Contudo, apesar da confusão que se instalou no acampamento e das grandes perdas que sofreram, as tropas da tríplice aliança conseguiram resistir e contra-atacar os paraguaios, fazendo valer a sua superioridade numérica e sua poderosa artilharia. Destacou-se o general brasileiro Manuel Luís Osório, o futuro Marquês do Herval, que no desenrolar da batalha assumiu o posto de comandante-em-chefe e reorganizou as fileiras em fuga, conduzindo-as à vitória. Adicionalmente, ele enviou tropas a pontos que estavam quebrando e sacrificou outros para impedir que os paraguaios flanqueassem e cercassem o acampamento.
Após cinco horas de combate, as forças paraguaias se retiraram do campo de batalha, sofrendo uma amarga derrota que incluiu treze mil baixas, contra cerca de quatro mil dos aliados. Pelas próximas décadas, esse episódio seria comemorado como a principal atuação do Exército Imperial Brasileiro.
Devido a morte expressiva de paraguaios, o comandante López não conseguiu formar um novo exército até que a Guerra do Paraguai (que durou por mais quatro anos) chegasse ao fim. Assim, o país foi sendo conquistado, até ser totalmente dominado pelos aliados. Mesmo assim o Brasil só venceu a guerra quando Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, assume o comado geral das tropas brasileiras. Ele organiza as tropas com logística aplicada, contras as doenças, as rações insuficientes, a rebelião que se instaurou dentro das tropas e no plano militar com toda a sua competência que acumulou durante a sua brilhante carreira.
Após a Guerra do Paraguai as forças armadas brasileiras só foram novamente convocadas para compor a Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial em 1944. Depois desse conflito nunca mais as Forças Armadas foram convocadas para outros conflitos externos.
Fontes:
history.uol.com.br
historiadobrasil.net
conhecimentocientifico.r7.com
bndigital.bn.gov.br
google.com
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