Intentona Comunista de 1935
O movimento que ficou conhecido como Intentona Comunista, ou Revolta Vermelha de 35 e Levante Comunista, era deflagrado em 27 de novembro de 1935, no Rio de Janeiro. Poucos dias antes, essa conspiração político-militar também havia eclodido em Natal (entre os dias 23 e 25) e Recife (dia 25). A revolta foi uma tentativa fracassada de golpe contra o governo de Getúlio Vargas, realizado pelo PCB (na época, Partido Comunista do Brasil) em nome da Aliança Nacional Libertadora.
O Partido Comunista (PCB) foi colocado na ilegalidade pelo governo de Getúlio Vargas. Os comunistas se uniram a outros opositores e formaram a ANL. Os aliancistas passaram a ser a principal força de oposição ao governo Vargas, defendendo mudanças políticas e sociais profundas para o Brasil. O líder da ANL era Luís Carlos Prestes, que havia organizado e liderado, anos antes, a Coluna Prestes.
Considerando uma ameaça para o Brasil, Vargas resolveu combater a ANL, proibindo suas atividades em 1935. Porém, os integrantes da ANL continuaram atuando, mesmo de forma clandestina e ilegal.
Entre as reivindicações políticas imediatas, de influência comunista, estavam a luta contra as oligarquias, o imperialismo e o autoritarismo, propondo o não pagamento da dívida externa, nacionalização das empresas estrangeiras, combate ao fascismo e reforma agrária. Apesar do uso do golpe militar armado, pensava-se numa revolução "nacional-libertadora". O principal líder do movimento era Luís Carlos Prestes, capitão do Exército Brasileiro e líder tenentista convertido ao comunismo. Ele comandou o levante à revelia da liderança formal do Partido Comunista do Brasil, e em articulação com a direção da Internacional Comunista, que tinha como integrante a companheira de Prestes, a comunista alemã Olga Benário.
O Rio de Janeiro foi o palco mais cruel desta tentativa de golpe. De acordo com dados do exército, morreram 32 homens do 3º Regimento de Infantaria. Entre um dos fatos mais dramáticos, está a tentativa de conquistar o Regimento de Aviação no Campo dos Afonsos, para capturar aeronaves e bombardear o Rio de Janeiro. Contudo, as forças do governo conseguiram evitar que isso ocorresse. Não demorou muito, o movimento foi reprimido. Getúlio Vargas perseguiu e prendeu os envolvidos. No ano seguinte, Prestes perdeu a patente de capitão e ficou nove anos na prisão. Sua companheira, Olga Benário, estava grávida e foi deportada e morta na câmara de gás no campo de concentração nazista Ravensbrück. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu em uma prisão na Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes. Um monumento aos soldados mortos foi erguido na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
O regime de Getúlio Vargas já era uma ditadura e a revolta de 35 serviu como uma justificativa para implantação do Estado Novo em 10 de novembro de 1937; está sim uma ditadura das mais violentas e sanguinárias vivenciadas no Brasil até o golpe de 1964.
Mostrou também todo o açodamento, falta de preparo e incapacidade da esquerda brasileira em preparar e arregimentar pessoas para suas causas, além do mais a incompetência de levar a população para seu lado com um discurso simples e resultados factíveis.
Fontes:
seuhistory.com
historiadobrasil.net
google.com
wikipedia.org
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