quarta-feira, 1 de julho de 2020

Leviatã de Thomas Hobbes

Leviatã, a antiga serpente destinada a ira de Deus e o mar sua ...




“Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo (leviatã) ou lhe travar a língua com uma corda?” (Jó 41:1)

“Amaldiçoem-na aqueles que sabem amaldiçoar o dia e sabem excitar o monstro marinho” (Jó 3:8)


Rosto do Leviatã


Thomas Hobbes foi um filósofo, teórico político e matemático inglês, considerado um dos principais expoentes do pensamento contratualista na Filosofia Política. Hobbes foi muito próximo da família real e defendeu, até o fim de sua vida, a monarquia. O principal livro escrito por Hobbes foi Leviatã.

Para Hobbes, o Estado deve ser forte e com o poder centralizado, pois ele precisa ter capacidade para conter os impulsos naturais que promovem uma relação caótica entre as pessoas. Hobbes trabalhou como preceptor de dois filhos da família Cavendish, tradicionais nobres britânicos. O pensador foi influenciado por Francis Bacon, filósofo para o qual Hobbes trabalhou como assistente durante algum tempo, Aristóteles e Maquiavel.



Segundo o autor, o homem nasce egoísta e em busca de satisfação de suas necessidades e que o mundo não pode satisfazer plenamente a necessidade de todos os homens. Nesse Estado Natural do ser humano que busca a satisfação de necessidades e vontades, o homem desconhece a Lei e a Justiça, considerando, a princípio, esses ideais como limitadores ou mesmo inexistentes.

Assim sendo, o ser humano busca satisfazer suas necessidades através do domínio sobe o outro, exercido pelo uso da força e da astúcia.

Essa tentativa de domínio sobre o outro, levada a cabo por cada indivíduo gera, segundo o autor, um estado permanente de guerra de todos contra todos. Uma situação insustentável, pela busca desenfreada de sobrevivência de todos num mundo de recursos limitados.

Para que esse Estado Natural caótico e destrutivo não reine na existência humana, passa a ser necessário, segundo o autor, que haja um Pacto Social, um acordo entre todos, onde os direitos ilimitados justificados pela busca da sobrevivência e da satisfação de necessidades e vontades sejam limitados em prol de uma autoridade maior, soberana, que organize a sociedade, distribuindo os recursos de acordo com as possibilidades e necessidades e garantindo a paz.

No Brasil foram tentados diversos pactos sociais, todos eles falharam porque não levaram em consideração a inclusão dos socialmente mais necessitados e dos mais vulneráveis.

Sabemos que o contrato social resolverá os nossos problemas. A razão leva-nos a desejar um tal acordo.Mas como realizá-lo? A nossa capacidade de raciocinar diz-nos que não podemos aceitá-lo enquanto os outros o não fizerem também. Nem um contrato prévio, muito menos a promessa, são suficientes para pôr em prática o acordo. É que, baseando-nos no nosso próprio interesse, só manteremos os contratos ou as nossa promessas se for do nosso interesse. Uma promessa que não pode ser obrigada a ser cumprida não serve para nada. Assim ao realizar o contrato social, temos que estabelecer um mecanismo que o obrigue a ser cumprido. Para o conseguirmos temos de entregar o nosso poder a uma ou a várias pessoas que punam quem quebrar o contrato. A esta pessoa ou grupo de pessoas Hobbes chama soberano. Pode ser um individuo, uma assembleia eleita, ou qualquer outra forma de governo.




Fontes:
infoescola.com
arqnet.pt
esbocandoideias.com
brasilescola.uol.com.br
google.com

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