quinta-feira, 30 de julho de 2020




No dia 30 de julho de 1986 morria na cidade de Natal (RN), Luís da Câmara Cascudo, historiador, antropólogo, professor, advogado e jornalista. Durante sua vida, produziu extensa obra, com 31 livros, entre eles o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Nascido no dia 30 de dezembro de 1898, em Natal, foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde pesquisou manifestações culturais brasileiras. Câmara Cascudo está entre os intelectuais brasileiros que mais produziram, obtendo reconhecimento mesmo vivendo toda a sua vida em Natal, longe de grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.

Rede de dormir: Uma pesquisa etnográfica (Luís da Câmara Cascudo) por [Luís da Câmara Cascudo]


Em 1954, foi lançado o seu trabalho mais importante como folclorista, o Dicionário do Folclore Brasileiro, reconhecido no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários títulos importantes, como Rede de Dormir, em 1959, e História da Alimentação no Brasil, em 1967. Mais tarde, veio Geografia dos Mitos Brasileiros, com o qual recebeu o Prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Durante séculos a rede participou da vida de milhões de brasileiros sem que ninguém lhe dedicasse pesquisa, estudo ou análise. Rede de dormir é o primeiro trabalho sobre o assunto, pioneiro e insuperável, no qual mestre Cascudo esgota o tema, indo muito além do que o título propõe. Uma excelente leitura para ser feita ao embalo da rede.



Dicionario do Folclore Brasileiro



Na História do folclore brasileiro o autor abrange festas como Carnaval, Festaas Juninas, Bumba meu boi, nossas lendas e mito como "mula-sem-cabeça"; "saci pererê"; "boitata"; "Boto cor de rosa" e muitos outros.

Em 1963, durante uma viagem pela África, esteve em Angola, Guiné, Congo, São Tomé, Cabo Verde e Guiné-Bissau, quando coletou diversas informações que foram utilizadas para escrever os livros, “A Cozinha Africana no Brasil” (1964) e “História da Alimentação no Brasil”, pulicada em dois volumes em 1967 e 1968.






Interessado na mistura do feijão com o arroz, no preparo dos temperos, no corte de legumes e verduras, nas delícias das sobremesas, nos rituais e superstições alimentares, Luís da Câmara Cascudo reuniu durante mais de vinte anos informações (e provou comidas) para traçar a sua História da Alimentação no Brasil, espécie de história do brasileiro, através daquilo que entra pela sua boca. Com uma abrangência enciclopédica, o mais completo e fascinante estudo sobre a cozinha brasileira, em seus múltiplos aspectos, a obra divide-se em duas partes. Na primeira, o autor analisa o tríplice legado que, misturado, refogado e temperado, iria formar a cozinha brasileira típica: a herança indígena, africana e portuguesa. A segunda parte vai muito além do estudo da cozinha brasileira, com seus sabores e odores, pratos típicos e misturas, registrando e analisando, com gula, mas sem pressa, os múltiplos elementos sociais que giram próximo à cozinha: a sociologia da alimentação, o ritmo da refeição (dos bons tempos em que a família se reunia ao redor da mesa patriarcal à época do fast-food), o folclore e as superstições ligadas à alimentação, as bebidas de preferência do brasileiro. Discute ainda questões que afetam o paladar e o apetite de todos nós, como os mitos ligados à cozinha africana e a contribuição de imigrantes, sobretudo alemães e italianos.

Câmara Cascudo: Descobridor do Brasil - Vermelho


A década de 1920, época em que se inicia a carreira intelectual de Câmara Cascudo, é marcada, na história do pensamento social brasileiro, por importantes debates a respeito da problemática nacional. Nesse momento são gestadas tradições intelectuais que irão exercer notada influência na obra daquele que mais tarde será consagrado, nacional e internacionalmente, como um dos principais nomes no estudo do folclore brasileiro. O modernismo paulista, representado pela marcante presença de Mário de Andrade na vida e obra de Cascudo, e o movimento regionalista, proposto por Gilberto Freyre em Pernambuco, são dois exemplos dessas “tradições de saber”2 que ajudaram a formar uma antropologia cascudiana. Nesta ainda se faz notar a presença das preocupações folcloristas que caracterizaram os escritos dos teóricos nacionais da segunda metade do século XIX, como aquela que teria Sílvio Romero ao escrever “o primeiro documentário da literatura oral brasileira” 

Luís da Câmara Cascudo - Biografia - Global Editora
Câmara Cascudo








Fontes:

seuhistory.com
globoeditora.com.br
ebiografia.com
estantevirtual.com.br
tribunadonorte.com.br
amazon.com
google.com

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Os verbos são separados em três tipos de conjugação, cada tipo é classificado de acordo com a terminação das palavras.



Os verbos que terminam em – ar pertencem à primeira conjugação, os que terminam em – er e or são da segunda conjugação e os que terminam em – ir são da terceira conjugação.

Sã classificados ainda em regulares e irregulares.
Regulares que mantém a mesma radical na conjugação.

Exemplos:

Andar - ando, andas, anda, andamos, andais, andam

Falar - falo, falas, fala, falamos, falais, falam

Comer - como, comes, come, comemos, comeis, comem

Ler - leio. lês, le, lemos, leis, leem 

Sorrir - sorrio, sorris, sorriem, sorrimos, sorrides, sorriem

Partir - parto, partes, partem, partimos, partis, partem


Os verbos irregulares são aqueles que ao serem conjugados forem modificações em seu radical ou terminações.


Diferente do que acontece nos verbos regulares, eles não obedecem a um modelo de conjugação.


Conjugação dos verbos irregulares



1° Conjugação: Verbo Dar no Modo Indicativo


Presente


• Eu dou
• Tu dás
• Ele/ela dá
• Nós damos
• Vós dais
• Eles/elas dão



2° Conjugação: Verbo Fazer no Modo Indicativo


Presente


• Eu faço
• Tu fazes
• Ele/ela faz
• Nós fazemos
• Vós fazeis
• Eles/elas fazem



3° Conjugação: Verbo Ir no Modo Indicativo


Presente


• Eu vou
• Tu vais
• Ele/ela vai
• Nós vamos
• Vós ides
• Eles/elas vão


Fontes:
educamaisbrasil.com.br
conjugacao.com.br

terça-feira, 28 de julho de 2020




No dia 28 de julho de 1938, Lampião e sua companheira Maria bonita foram capturados e mortos pela polícia, em Poço Redondo, no sertão de Sergipe, ambos tiveram suas cabeças decepadas e expostas ao público para servir de exemplo. Além dele, também morreram outros cangaceiros.


Foto registra, há 75 anos, morte de Lampião e Maria Bonita


Nascido no dia 4 de junho de 1898, Virgulino Ferreira da Silva, ficou mais conhecido como Lampião, o Rei do Cangaço. A exata data do seu nascimento gera muitas controvérsias, mas em sua certidão de batismo a data de 4 de junho consta como o dia do seu nascimento, em Serra Talhada (PE).

Aniversário da morte de Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros ...

Lampião começou a liderar um bando de cangaceiros em 1922 e, a partir daí, passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes. Por conta dos seus atos, era procurado pela polícia. Em 1930, conheceu Maria Déia, a Maria Bonita, que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. 

O governo brasileiro utilizou os serviços de Lampião e seu bando para combater a Coluna Prestes, dando o cargo de capitão a Lampião.

O ano era 1926 e a Coluna Prestes continuava sua peregrinação, não lhe sendo dado combate eficaz. No dizer de Júlio Chiavenato, em “Cangaço, a força do coronel” (1990), as forças do governo agiam de maneira incompetente e, no governo Arthur Bernardes, a Coluna Prestes passou a ser prioridade de repressão.

A idealização do embate Lampião X Coluna Prestes: crise ...
Luiz Carlos Prestes e Lampião


Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria de Déa e, após sua morte, Maria Bonita (Glória, 8 de março de 1911 — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi uma cangaceira brasileira, companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.


Aventuras na História · Rainha do Cangaço: Quem foi Maria Bonita?



Em 1932, nasceu a filha do casal, Expedita Ferreira.

Em 28 de julho  de 1938, quando os cangaceiros estavam acampados na Grota de Angicos, em Poço Redondo, no Sergipe, o bando foi atacado de surpresa pela polícia armada oficial, conhecida como volante. Maria assistiu a vida de nove cangaceiros e de seu marido ser ceifada pela polícia. Eles foram mortos a tiros e posteriormente, degolados. A jovem Maria, de apenas 27 anos, tentando fugir, foi baleada duas vezes: uma no abdômen e outra nas costas, e logo em seguida foi decapitada viva por José Panta de Godoy, o mesmo que lhe deu os tiros. Nessa hora, com a cabeça separada do corpo, recebeu o apelido de Maria Bonita.

Curiosidades sobre Lampião e Maria Bonita - YouTube


Fontes:
seuhistory.com
google.com
wikipedia.org
esquerdadiario.com.br

segunda-feira, 27 de julho de 2020






O Homem Nu - Fernando Sabino




Ao acordar, disse para a mulher:

— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.

— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.

— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.

Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.

Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:

— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.

Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.

Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!

Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:

— Maria, por favor! Sou eu!

Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.

Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.

— Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado.

E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!

— Isso é que não — repetiu, furioso.

Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.

— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.

Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:

— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu...

A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:

— Valha-me Deus! O padeiro está nu!

E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:

— Tem um homem pelado aqui na porta!

Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:

— É um tarado!

— Olha, que horror!

— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!

Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.

— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.

Não era: era o cobrador da televisão.





Essa é uma das crônica mais famosas da Literatura Brasileira,  do escritor mineiro Fernando Sabino, publicado em 1960 no livro do mesmo nome.

A crônica foi levada ao cinema por duas vezes;  uma delas com Claudio Marzo interpretando o Homem nu e na segunda vez coube ao ator Paulo José interpretar o personagem principal.



O Homem Nu (Filme) | Programação de TV | mi.tvRetrospectiva Roberto Santos | VEJA SÃO PAULO
                                  Claudio Marzo                          Paulo José







Fontes:
wikipedia.org
releituras.com
google.com
youtube.com

domingo, 26 de julho de 2020




Morreu a atriz Olivia de Havilland una atriz viva do filme "Gone with the Wind" - E o vento levou.

Obituary: Olivia de Havilland, star of Hollywood's Golden Age ...


Olivia tinha 104 anos e interpretou a meiga personagem Mellanie alvo de inveja da protagonista Scarlett O'Hara (Vivien Leigh), que cobiça o seu marido, Ashley (Leslie Howard). No decorrer da história, as rivais percebem que são mais fortes juntas, e se tornam hesitantes aliadas.



Nascida em Tóquio em 1º de julho de 1916, De Havilland era filha de um advogado britânico residente no Japão e Lilian Fontaine, também britânica, atriz como suas duas filhas. A intérprete morreu na capital da França, “o único país em que realmente me sinto em casa”, como costumava dizer. Por ocasião do seu 104º aniversário, em 1º de julho, a revista Paris Match lembrou que a estrela de Hollywood se casou em 1955 com um de seus repórteres, Pierre Galante, com quem teve sua filha Gisèle, também jornalista da revista. Uma década depois, em 1965, ela se tornou a primeira mulher a presidir o Festival de Cannes.

O casal se separou em 1962, mas não se divorciou até 1979. Mesmo assim, lembrou o Paris Match, eles permaneceram muito próximos até a morte do jornalista em 1998, aos 88 anos. De Havilland continuou morando em um apartamento de luxo na rua Benouville, no centro de Paris.


Morta aos 104, Olivia de Havilland brilhou no Oscar em 2003


No auge de sua fama, na década de 1940, de Havilland ganhou dois Oscars, o primeiro em 1946 por Só resta uma lágrima e três anos depois por seu papel em Tarde Demais. Atualmente, ela foi a última sobrevivente do elenco de E o Vento Levou e também a última representante do cinema clássico de Hollywood após a morte de Kirk Douglas, aos 102 anos em fevereiro passado. Durante sua carreira de atriz, ela colocou os grandes estúdios de Hollywood em cheque, levando Warner ao tribunal para lutar pelo direito dos atores de negociar melhores contratos.


Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com
g1.globo.com
brasil.elpais.com

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...