terça-feira, 14 de abril de 2020




Diante da ameaça representada pelos piratas e contrabandistas, a Coroa lusa entendia ser urgente assegurar o domínio das suas terras americanas, já que não havia organizado, até então, um plano de ocupação efetiva daquelas terras. Para Portugal, o Tratado de Tordesilhas não poderia prosseguir sendo desconsiderado pelos reinos não signatários. Era premente e inadiável assegurar o monopólio da exploração da madeira do pau-brasil, protegendo a terra descoberta das investidas daqueles chamados pela Coroa portuguesa de estrangeiros vis e infames. A ofensiva traduziu-se na organização das chamadas Expedições Guarda-Costas.


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Em 1516 e em 1526, duas expedições foram enviadas para cá pelo governo de Portugal, objetivando garantir a posse das terras americanas. Comandadas pelo experiente navegador Cristóvão Jacques (1480-1530), tinham como missão explorar o litoral, enfrentando a pirataria oficial e criminosa, que ignoravam os termos do Tratado de Tordesilhas. Essa ofensiva da Coroa portuguesa visava reprimir a presença de estrangeiros – franceses, em especial – que promoviam investidas, entre o século XV e o XVIII, na costa das terras americanas (incluindo a região da Baía de Guanabara). Diante da extensão litorânea, as dificuldades foram imensas, e essas expedições não alcançaram o êxito almejado. Mais adiante, a criação do sistema de capitanias hereditárias teve como um dos principais objetivos enfrentar os ataques daqueles que a Coroa lusa nomeava como malfeitores. Certamente, essa ação pretendia garantir e manter o que constava no acordo de 1494 – “por inteiro, não pela metade”.


Cristovão Jacques (1480-1530) foi navegador português. Participou da frota do explorador Gonçalo Coelho, que em 1503 reconheceu o litoral brasileiro. Em 1516 foi enviado pelo rei e Portugal, D. Manuel, para expulsar os franceses que se instalaram da costa do Brasil.


Recebeu o título de Fidalgo da Casa Real. Em 1526, fundou a feitoria de Itamaracá, no Canal de Santa Cruz, que serviu de apoio a Duarte Coelho, quando este se instalou na capitania de Pernambuco.

Cristovão Jacques nasceu em Algarve, Portugal. Em 1503 participou da frota do explorador Gonçalo Coelho, destinada a reconhecer o litoral brasileiro. Em 1516 foi enviado ao Brasil, a serviço do rei de Portugal, D. Manuel, para policiar a costa brasileira e combater os franceses que haviam se estabelecido no litoral brasileiro.

Cristovão Jacques foi encarregado principalmente para iniciar o comércio com os índios, adquirindo os produtos locais, especialmente o pau-brasil, que tinha grande demanda na Europa.

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Ao desembarcar na costa brasileira, Cristovão Jacques declarou guerra aos piratas e corsários franceses, destruindo suas feitorias e embarcações e confiscando suas cargas. Conhecido por sua violência, ou mandava os prisioneiros para Portugal ou os executava.

Conta-se que certa vez Cristovão Jacques enterrou até os ombros, na areia da praia, numerosos franceses e em seguida os matou com flechadas, fato que teve péssima repercussão na Europa. Ele permaneceu na região até 1519.
Governador das Partes do Brasil

Em 1526, Cristovão Jacques realiza uma segunda expedição ao Brasil. Foi designado por D. João III, para substituir Pero Capico, "Governador das Partes do Brasil", responsável pelas várias povoações que se instalaram no litoral brasileiro.


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Veio com uma nau e seis caravelas. Fundou uma feitoria permanente na Ilha de Itamaracá, na margem direita do Canal de Santa Cruz. Uma fortaleza rústica para proteção dos portugueses ali instalados.


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A feitoria de Itamaracá serviu de apoio ao donatário Duarte Coelho, quando em 1535 se instalou na capitania de Pernambuco. Na região da feitoria já estavam instalados vários portugueses, que vieram para o Brasil, em 1516 e se dedicaram à fundação de um engenho de açúcar, que anos depois era exportado para Lisboa.


Fontes:
mutirio.rj.gov.br
ebiografia.com
google.com

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