Vamos falar do livro do grande Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela.
O seu livro Gabriela, Cravo e Canela, publicado em 1958, teve grande sucesso e os seus direitos cinematográficos foram vendidos para a Metro, o que possibilitou ao escritor a compra de uma casa em Salvador realizando assim o sonho de voltar a viver na sua terra. Em 1963, Jorge Amado muda-se com a sua família para a Rua Alagoinhas, onde tem escrito os seus livros.
A história de Gabriela, cravo e canela se passa em Ilhéus, na década de 20, período em que a cidade era rica devido à exploração do cacau, e ansiava progressos e desvendava a noite litorânea em meio a bares e bordéis. O livro conta a história de amor, que desafia os costumes da sociedade da época, entre a sertaneja Gabriela e o árabe Nacib.
Tudo teve início quando o fazendeiro Jesuíno Mendonça, não sendo homem que aceitasse traição, matou sua esposa e o cirurgião-dentista, moço recém-chegado à cidade. O árabe Nacib é dono de um bar e por mais que esteja envolvido com a notícia precisa focar em seus interesses, pois sua cozinheira, Filomena, foi embora morar com o filho, às vésperas de um jantar muito importante.
Nacib acaba encontrando Gabriela, uma retirante que chegava à cidade em busca de melhores condições, e a emprega como nova cozinheira. Sem ter certeza dos dotes culinários da moça, o árabe fica meio desconfiado, mas se arrisca e a leva para o bar, então logo é surpreendido com as qualidades de Gabriela que ultrapassam as habilidades gastronômicas.
A beleza, sensualidade, simplicidade e espontaneidade de Gabriela são capazes de despertar fascínio em todos que se aproximam dela. A obra é rica em ciúme, traição, rompimento e reviravolta que permeiam a paixão ardente ente Nacib e Gabriela.
Na década de 1920, o cacau vive um período de “ouro” em Ilhéus e é possível perceber as mudanças sociais que ocorrem na Bahia, fato que inclui a abertura do porto para os grandes navios, fato que levou o carioca Mundinho Falcão à ascensão e os coronéis ao declínio, igual Ramiro Bastos.
Gabriela é a personificação das transformações que ocorreram em uma sociedade patriarcal, arcaica e autoritária que foi afetada pela renovação cultural, política e econômica.
O livro foi adaptado para televisão como telenovela em 1975, o papel de Gabriela foi protagonizado por Sônia Braga e do turco Nacib por Armando Bogus.
Em 2012 houve um regravação da novela, com Juliana Paes no papel de Gabriela, e Humberto Martins como Nacib.
O romance também virou filme em 1983, com Sônia Braga (Gabriela) e Marcello Mastroiani como Nacib.
Fontes:
wikipedia.org
coladaweb.com
valdiraguilera.net
google.com
youtube.com
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