"It was the best of times it was the worst of times, it was the age of wisdom it was the age of foolishness, it was the epoch of belief it was the epoch of incredulity, it was the season of light it was the season of darkness, it was the spring of hope it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us"
"Foi o melhor dos momentos, foi o pior dos momentos, foi a Idade da Sabedoria, foi a Idade das Tolices. Foi a época da fé e foi a época da incredulidade. Foi a estação das luzes, foi a estação das trevas. Foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero. Tínhamos tudo antes de vocês, e nada depois de vocês"
Estamos falando do livro "A tale of two cities" - "Um conto de duas cidades" do escritor inglês Charles Dickens, lançado em 1859.
Charles Dickens
O enredo se desenvolve no período da Revolução Francesa (1789-1790) , antes, durante e depois dela, assim como seus efeitos em Londres e Paris - daí o título da obra.
Como personagens centrais temos a donzela Lucie Manette e seu pai, Dr. Manette. A história começa quando Lucie e o amigo da família Lory estão indo buscar o pai da moça, solto após 18 anos preso na Bastilha. Os demais personagens vão surgindo e incrementando a trama, sempre ligados ao fato da eminente revolução. Todos são ligados ao pai e sua filha, sendo a relação deles pura e intensa.
O amor, a amizade e a confiança que cresce ao longo dos anos narrados, em meio às lutas e às dificuldades desse período da história mundial. Dickens descreve a miséria e a revolta, assim como as relações entre os personagens, de forma tão rica que parece que ele esteve lá, nas casas, nas ruas, nos bares e nas prisões. Me senti mergulhada no século XIX, encantada com as escolhas dos personagens, com a bravura e a renuncia de uns, e a violência de outros.
Resumindo os fatos, quando Lucie vai buscar o pai na França, ele tinha acabado de descobrir, após 18 anos, que ele estava vivo. Como sua mãe morreu quando ela era muito pequena, nunca teve a chance de saber a verdade sobre sua família. Após sair da prisão, Dr. Manette é acolhido pela família Defarge, que fazia parte do grupo que liderou a revolução. A partir dessa ‘volta a vida’, como enfatiza o autor, começa a reconstrução da vida do médico e do relacionamento com a filha. Um grupo de amigos fieis passa a fazer parte da vida deles. Nesse mesmo tempo, crescem os casos de julgamento e morte por traição, tanto do lado inglês como do Frances. A revolução explode. Lucie se casa com um dos amigos. Por motivo de honra, seu marido se vê obrigado a voltar a Paris e a família o segue e seus amigos também. O final é imprevisível e poético.
O livro nos transporta para uma realidade absoluta e fria, sem disfarces do que estava se passando com a população miserável e descontente, e com a crueldade e violência desmedida que surgiu como consequência.
O oprimido virou o opressor, que virou o oprimido, que virou o opressor... Toda revolução dos homens está destinada a essa terrível espiral? O passado, atesta que sim. E o futuro o que terá a dizer?
A população estava sedenta por vingança; por isso delatava seu amigo, seu vizinho, seu parente.
Queda da Bastilha
O início do livro é magnífico, o final é esplendoroso. Toda as dualidades contidas em “Um conto de duas cidades”, as atrocidades, o amor, a ira, a delicadeza, o terror, a honra, o sacrifício, o ódio, a indiferença, a abnegação, o fanatismo, a sede de poder, a injustiça, a vingança, a ordem, a desordem reforçam a certeza de que os seres humanos são capazes de tudo. Para o bem e para o mal. E de que até as causas mais nobres, as aspirações mais caras estão suscetíveis ao abuso, à cegueira dos ignorantes e à torpeza dos tiranos.
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