Alfred Dreyfus
Uma conspiração sórdida da direita antissemita francesa, em campanha política, acusou de espião o oficial de Estado Maior, Alfredo Dreyfus.
Ele foi julgado e condenado em 22 de dezembro de 1894 à prisão perpétua por alta traição, sendo humilhado publicamente em frente à sua tropa, os distintivos retirados de seu uniforme e seu sabre, símbolo de honra militar, foi partido em dois. Era a humilhação máxima que um oficial poderia sofrer.
Filme "A vida de Emile Zola"
O caso Dreyfus dividiu a sociedade francesa. De um lado, estavam o governo, os partidos conservadores, o exército nacionalista e a Igreja. Eles se uniram e criaram um grupo conhecido como anti-Dreyfus. O viés de pensamento já estava mais do que explícito.
Por outro lado, o que podemos chamar de forças progressistas se uniram. Esse grupo era formado por republicanos, socialistas e anticlericais, todos liderados pelo romancista Émile Zola e pelo dirigente socialista Jean Jaurès. Eles promoviam uma luta pelo respeito aos direitos humanos na República.
Emile Zola
O famoso escritor Emile Zola encabeçou um manifesto demolidor, com o título de "J accuse", em que denunciava o crime da denúncia e a vileza de cada um dos personagens que contribuíram para a caricatura de julgamento e sentença condenatória. Anos depois, a verdade veio à tona, e Dreyfus foi libertado. Mas ele foi obrigado a suportar a injusta ignomínia e os sofrimentos da prisão impostos pela conspiração de alguns juízes sem consciência ética. Apesar de uma carreira impecável e de ter mais de 65 anos de idade, ele foi preso sem provas concretas, nas celas dos delinquentes consumados, mesmo quando a lei proibia prender pessoas com idade superior à dele. Seu caso comoveu o mundo inteiro e virou notícia.
Em 1896, saiu à luz uma prova que colocava um oficial do exército francês, Ferdinand W. Estherhazy como verdadeiro culpado e autor da espionagem. Apesar da tentativa militar de suprimir as evidências, Esterhazy foi julgado em 1898. Mas, é claro, ele depois foi absolvido pelo tribunal militar, em um julgamento que durou apenas alguns minutos. No mesmo ano, tornou-se público que o Major Henry havia falsificado grande parte da prova utilizada para condenar Dreyfus.
O caso então foi reaberto em 1899, mas a soberba do tribunal militar o impediu de aceitar a realidade, e Dreyfus foi julgado culpado novamente, dessa vez, com pena de 10 anos de reclusão. No entanto, a situação política havia mudado e o presidente Émile Loubet se viu obrigado a lhe outorgar perdão.
Em 1906, o Tribunal de Apelação anistiou Dreyfus e lhe concedeu a Legião de Honra. Mesmo assim sua inocência só pode ser comprovada em 1930, quando os documentos de Schwartzkoppen foram publicados.
O caso Dreyfus é um exemplo da manipulação e da ignomínia de grupos poderosos e inescrupulosos, que se unem para destruir àqueles que lhes opões as ideias e a ideologia política.
Hoje em dia temos casos no Brasil semelhantes ao caso Dreyfus, e o um dia a história verdadeira será contada , não antes de macular a honra e a história de um personagem importante.
Fontes:
estudopratico.com.br
seuhistory.com
google.com.br
wikipedia.org
youtube.com
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