Hoje vamos falar de Fonologia da Língua Portuguesa.
Começamos com o fonema:
Fonema é a menor unidade sonora usada pela fonologia. O fonema é o que nos permite diferenciar as letras e os sons que a união dessas letras produzem para a formação de uma palavra. Alguns fonemas podem ser muito diferentes um do outro, mas quando colocados em uma palavra é preciso tomar cuidado. Como é a menor unidade sonora, ao ser colocado em conjunto, é muito mais fácil confundir. Apesar de estarem muito relacionados com a oralidade, os fonemas também são de bastante utilidade para a língua escrita, temos significação de cada um dos fonemas de nossa língua em forma de letras, e cada letra tem enquadra-se em uma categoria, ou vogais, ou consoantes.
É bem mais simples perceber o fonema quando lemos em voz alta uma palavra. Por exemplo:
Casa: possui quatro letras, e cada uma das letras tem um som, \C\A\S\A\. Se tirássemos o C, seria só \A\S\A\, que já é outra palavra.
Homem: Possui cinco letras, mas só quatro fonemas. O “H” não é pronunciado, então temos os fonemas \HO\M\E\M\.
Táxi: Possui quatro letras e cinco fonemas. Isso se dá porque o “X” tem som de “ks” então quando separamos os fonemas temos \T\A\k\S\I\.
Algumas letras podem assumir vários fonemas. A letra “S”, por exemplo, tanto pode ser “sê” como visto na palavra “sinto”, ou “zê”, como na palavra “casar”. Já a letra “X”, além do “ks” ainda pode assumir os fonemas “sê”, “zê” e “chê”, vistos respectivamente em “sexto”, “exagerar” e “xaveco”.
Com um conhecimento geral sobre fonemas, já podemos estudar como se dividem e quais são as particularidades deles.
Vogais
Vogal é um fonema natural, formado pelo ar que passa direto pela boca ou pelo nariz, e que faz vibrar as cordas vocais. Bebês, enquanto ainda não sabem falar, produzem sons numa tentativa de comunicação, esses sons são vogais. As vogais são o começo da fala e da comunicação humana, e também a base das sílabas no português. Representadas pelas letras A, E, I, O e U, elas são essenciais para a formação de uma sílaba. Ajuntamentos de palavras sem a presença de pelo menos uma vogal não são considerados sílabas. Em outras línguas, as vogais podem não ter tanta importância, mas há outras letras que podem assumir fonemas que possibilitam o entendimento.
As vogais podem ser classificadas por sua intensidade, timbre e articulação. Quando classificadas pela intensidade elas podem ser:
Tônicas: Vogais que carregam o acento principal da palavra.
Semitônicas: Vogais que carregam o acento secundário da palavra.
Átonas: Vogais que não carregam nenhum acento da palavra.
Quanto ao timbre, essa divisão pode ser feita conforme os seguintes critérios:
Abertas – Vogais pronunciadas com o máximo da boca aberta.
Fechadas – Vogais pronunciada com o máximo da boca fechada.
Pela articulação, a divisão é mais complexa:
Modo – Via usada para pronunciar a vogal: pode ser oral ou nasal.
Ponto – Posição da língua na boca ao pronunciar a vogal: posterior, central ou anterior.
Semivogais
São vogais que não ocupam uma posição central na sílaba. Acontecem no encontro entre duas vogais em uma mesma sílaba, em que uma é a vogal principal, com o tom mais intenso, e a outra é a semivogal, que possui um papel secundário. Em um encontro vocálico, o /a/ sempre será a vogal principal, /i/ e /u/ sempre serão semivogais, e /e/ e /o/ podem assumir os dois papéis.
Consoantes
As consoantes são sons produzidos sob a influência de obstáculos do aparelho fonador. Diferente das vogais, cujos sons se formam a partir da simples vibração do ar nas cordas vocais, as consoantes precisam dos lábios, dentes, língua, palato, véu palatino, úvula ou qualquer outro obstáculo para serem pronunciadas. As consoantes, assim como as vogais, podem ser classificadas quanto a alguns aspectos.
Quanto ao papel das cordas vocais:
Surdas ou desvozeadas: Consoantes que não passam pelas cordas vocais.
No português, o vozeamento é uma característica muito importante, pois existem pares de sons, semelhantes em todos os aspectos, mas que se diferenciam apenas pelo vozeamento, como, por exemplo, os sons [p] e o [b]. Se apenas fingirmos que estamos produzindo esses sons, sem que saia emissão de voz, verificaremos que são idênticos: ambos produzidos com o encontro dos lábios. O que diferencia os dois é justamente o vozeamento. O [b] é vozeado e o [p] é desvozeado. Isso causa certa dificuldade para a criança quando ela se atém aos sons para escrever.
Sonoras ou vozeadas: Consoantes que passam pelas cordas vocais.
Quanto ao modo de articulação:
Oclusivas – Pronunciadas fechando-se o aparelho fonador para impedir a saída do ar.
Fricativas – Pronunciadas através da fricção do ar em um obstáculo.
Laterais – Pronunciadas pela passagem do ar pelo canto da boca.
Vibrantes – Pronunciadas pela vibração de um elemento do aparelho fonador.
Nasais – Pronunciadas pela saída do ar pelo nariz.
Quanto ao ponto de articulação:
Bilabiais – Pronunciadas pelo contato dos lábios.
Dentais – Pronunciada pelo contato da língua com dentes.
Alveolares – Pronunciada pelo contato da língua com alvéolos dos dentes.
Labiodentais – Pronunciada pelo contato dos lábios com a arcada superior dos dentes.
Palatais – Pronunciada pelo contato da língua com o palato.
Retro flexivas – Pronunciada pela curvatura da língua.
Velares – Pronunciada pelo contato da parte traseira da língua com véu de palatino.
Uvulares – Pronunciada pela vibração da úvula.
Glotais – Pronunciada pela vibração da glote.
Fontes:
gramatica.net.br
ceale.fae.ufmg.br
google.com
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