segunda-feira, 3 de dezembro de 2018



Condenação do Tráfico de Escravos

Sob seu pontificado ele confrontou com convicção a questão da escravidão, ainda fortemente presente principalmente nas Américas.

Em 3 de dezembro de 1839, Gregório XVI emitiu uma carta apostólica contra o comércio de escravos, In Supremu Apostolatus, e condenando a escravidão como um "crime", reiterando a doutrina de seus antecessores.

Papa Gregório XVI


Uma questão relevante é levantada por diversos autores que tratam do tema da escravidão do negro no Brasil: por quais motivos a Igreja Católica se calou diante deste problema no país a partir do século XVI, sendo condizente e até usuária de um sistema hediondo de exploração de seres humanos?

Contra todos os ensinamentos de Jesus Cristo – criador e inspirador da Igreja – que pregou principalmente a paz, a fraternidade, a igualdade, a justiça e o respeito entre os homens; a Igreja, nesta fase de sua história, se coloca ao lado da exploração, da violência, da desigualdade e do terror sobre pessoas indefesas, caçadas e aprisionadas como animais do outro lado do oceano e trazidas à força para o trabalho escravo, para o cativeiro, para os castigos horrorosos e para a morte em todo o continente americano e, mais especificamente, no Brasil.


Resultado de imagem para escravidão no Brasil e a igreja católica



Na verdade, não foi a primeira vez e nem a última em sua história, que a Igreja Católica participou, influenciou e apoiou a injustiça entre os homens, mas o objetivo deste trabalho é discutir este caso brasileiro, não com a intenção de julgar, mas de descrever e entender melhor a questão.


Ainda, segundo Lima (2001, p.41), em 1537 foram editadas duas bulas papais por Paulo III – Veritas ipsa e Sublimis Deus – que condenavam de forma explícita a escravidão humana em todas as suas formas, assim dizendo: “os mesmos índios e todas as demais gentes que vierem à notícia dos cristãos, ainda que estejam fora da fé de Cristo, não serão privados, nem devem sê-lo, da sua liberdade, nem do domínio de seus bens e não devem ser reduzidos à escravidão”. Lima (2001, p.42) conclui afirmando que “quanto a escravidão vermelha, isto é, à escravidão dos indígenas, a posição da Igreja foi sempre coerente, consoante com as bulas papais acima mencionadas”.


Resultado de imagem para escravidão no Brasil e a igreja católica


Nesta mesma linha de questionamento da ação da Igreja em relação ao tema e à época, acrescentando ao negro africano todas as demais classes menos favorecidas que viviam no Brasil, Hornaert et al. (2008, p.9) coloca as seguintes perguntas: “as igrejas cristãs se estabeleceram entre os pobres? Serviram ao pobre como quem serve ao Senhor, conforme a recomendação evangélica?” Hornaert et al. (2008, p.11), mesmo, responde afirmando que “nossa história é escrita por mãos brancas, do ponto de vista dos vencedores e dominantes” e acrescenta que essa visão conservadora da história brasileira sempre defendeu o status quo, sendo um obstáculo à uma atuação renovadora por parte da Igreja ao longo dos séculos seguintes da nossa história.

Resultado de imagem para escravidão no Brasil e a igreja católica


No caso da escravidão e em outras arbitrariedades e crimes na História, a Igreja sempre alegou que nada podia fazer contra os poderosos da época. Isso aconteceu no Holocausto dos judeus pelos nazistas, nas ditaduras sangrentas da América Latina.

ricardoorlandini.net
nucleodoconhecimento.com.br
wikipedia.org
diariodovale.com.br
google.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...