quarta-feira, 4 de julho de 2018

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar do romance "O quinze" de Raquel de Queiróz.

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O Quinze é o primeiro romance da escritora modernista Rachel de Queiroz. Publicada em 1930, a obra regionalista e social apresenta como tema central a seca de 1915 que assolou o nordeste do país.

O livro abrange o tema da seca no Nordeste e a migração do nordestino em busca de uma chance melhor de vida.


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Chico Bento vivia com sua esposa Cordulina e seus três filhos na fazenda de Dona Maroca, em Quixadá. Ele era vaqueiro e o sustento vinha da terra.

No entanto, com o problema da seca que cada vez mais assolava a região onde viviam, ele e sua família são obrigados a migrar para a capital do Ceará, Fortaleza.

Desempregado e em busca de condições mais dignas, ele e sua família vão a pé de Quixadá a Fortaleza, pois não tinham o dinheiro da passagem. Grande parte da obra relata as dificuldades, desde a fome e a sede, que passaram durante o trajeto.

Numa das passagens, ele e sua família encontram outro grupo de retirantes saciando a fome com a carcaça de um gado. Comovido com a cena, ele decide dividir a pouca comida que levavam (rapadura e farinha) com os novos amigos.

Mais adiante, ele mata uma cabra, no entanto, o dono do animal fica enfurecido. Mesmo ouvindo a história triste de Chico Bento em busca de alimento para ele e sua família, o dono do animal, deixa somente as vísceras para alimentá-los.

Diante de tanta fome, um dos filhos do casal, Josias, come uma raiz de mandioca cru, o que causa sua morte.


"Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra das mesma cruz."

Além disso, o filho mais velho, Pedro, acaba se juntando a outro bando de retirantes e o casal não o vê mais.

Ao chegar em Fortaleza, a família de Chico Bento vai para o "Campo de Concentração", um espaço destinado aos flagelados da seca.

Ali, encontram Conceição, professora e voluntária, que por fim, torna-se madrinha do filho caçula do casal: Manuel, apelidado de Duquinha.

Conceição os ajuda a comprar passagens para São Paulo e como madrinha da criança pede a eles para ficar com o menino, uma vez que o considerava um filho. Embora apresentassem resistência, Duquinha acabou ficando no Ceará com sua madrinha.

Conceição era prima de Vicente, um proprietário e criador de gado muito mesquinho. Ela se sentia atraída por ele, no entanto, o rapaz conhece Mariinha Garcia, uma moradora de Quixadá e que também estava interessada em Vicente. Num tom de consolo, sua avó diz:


"Minha filha, a vida é assim mesmo... Desde hoje que o mundo é mundo... Eu até acho os homens de hoje melhores."

Com a chegada da chuva e consequentemente da esperança para o povo nordestino, a avó de Conceição resolve voltar a sua terra natal, Logradouro, mas a garota decide ficar em Fortaleza.

O romance tem um forte apelo ao social, e conta sobre a grande seca de 1915, que deixou milhares de pessoas famintas e desesperadas.

Mostra também o descaso das autoridades com o problema da seca e com a miséria do povo nordestino.



Personagens principais

Conceição: é uma professora solteira de 22 anos. Independente e culta, suas leituras incluem livros sobre feminismo e socialismo. As suas ideias avançadas são seu ponto forte.

Vicente: é o primo da Conceição, sertanejo um pouco bruto e muito trabalhador. É desconfiado com as pessoas da cidade.

Chico Bento: é um vaqueiro, mas perde o trabalho por causa da seca e se torna um retirante.

Cordulina: é a mulher de Chico Bento.

Mão Nácia: é a avó de Conceição.


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Fontes:
culturagenial.com
todamateria,com.br
google.com.br




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