segunda-feira, 9 de julho de 2018

Hoje é feriado em São Paulo, comemora-se o aniversário da Guerra de Secessão Brasileira de 1932.


revolucao constitucionalista




Desde o início da República Velha, em 1889, até 1930, com o mandato de Washington Luís, os presidentes do Brasil sempre fizeram parte do jogo da política do café-com-leite. Para tentar dar continuidade à influência cafeicultora no cargo máximo da nação, Washington Luís escolheu como sucessor o advogado Júlio Prestes para presidência.


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A indicação de Júlio Prestes desagradou a elite agrária de Minas Gerais, que começava a contestar a hegemonia política dos paulistas. A experiência como deputado estadual e, posteriormente, presidente (que hoje seria governador) do estado de São Paulo, tinha chamado a atenção de seu antecessor, que resolveu indicá-lo para a campanha.
Contra a indicação de Júlio Prestes, estavam os estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, formando a Aliança Libertadora. Os gaúchos já estavam indignados com a política do “café-com-leite” há um bom tempo, pois suas produções agrícolas (como o arroz) não tinham as mesmas regalias que o café cultivado pelas elites agrárias do Sudeste.

Os mineiros tentaram lançar Antônio Carlos de Andrada para a disputa eleitoral, mas ele não tinha um projeto político sólido e decidiu indicar o gaúcho Getúlio Vargas para o cargo.


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Em 1º de março de 1930, realizou-se a disputa política entre Getúlio Vargas e Júlio Prestes. O candidato “café-com-leite” saiu vitorioso segundo as contagens oficiais: 1.091.709 votos, contra 742.794 de Getúlio Vargas. Entretanto, a Aliança Libertadora acusou a contagem de fraude e não aceitou o resultado.
Parece que o mesmo filme se repetiu em 2014, com a relutância do PSDB em aceitar a derrota nas urnas, levando o país ao caos atual.

Ou seja, a história sempre se repete, e nós nunca aprendemos com ela.

De fato, como costumava fazer, a elite agrária sempre favorecia seus interesses independentemente do resultado das votações. Só em São Paulo, estado onde Júlio Prestes construiu sua carreira política, ele obteve 91% dos votos, dando margem à contestação da validação dos votos.

Os barões do café nunca aceitaram a perda do protagonismo político no Brasil, onde tinham poderes absolutos e levara o Estado a uma luta sem sentido.


Entre os grupos que formavam a direção da Revolução Paulista, existiam os separatistas que desejavam a independência de São Paulo como uma república soberana ou a formação de uma federação onde os estados adquiririam a soberania (confederação). Entre os principais defensores do separatismo destacavam-se o presidente do Tribunal de Justiça, Costa Manso, os escritores José Alcântara Machado e Monteiro Lobato e o historiador Alfredo Ellis Junior.

Monteiro Lobato, especificamente, foi o que mais deixou documentos e relatos sobre o desejo de independência dos paulistas. Em 10 de agosto, depois de um mês de conflitos, o famoso autor enviava uma carta emocionada a Waldemar Ferreira, um dos líderes da revolução, na qual apresentava um balanço da crítica situação em que se encontrava São Paulo, observando ao seu amigo que “há o que a boca diz e há o que o coração sente. Minha boca diz o que todos neste momento dizem – mas meu coração, e talvez o de São Paulo inteiro, sente o que vai escrito nas tiras anexas”. E o que o coração de Lobato expressava traduzia-se num texto intitulado “A defesa da vitória de São Paulo”, em que deixava claro que, para os paulistas, só havia dois caminhos: hegemonia ou separação.

O conflito terminou com a morte de 713 combatentes paulistas cujos restos mortais estão no Obelisco do Ibirapuera.


Fontes:
wikipedia.org
calendarr.co,
historiabrasileira.com
google.com.br

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