quinta-feira, 19 de julho de 2018

Um dos fatos mais estranhos da História foi a ordem dada pelo rei da Pérsia, Xerxes I de chicotear o mar.


xerxes de perfil com coroa e cetro


No século V a.c., Xerxes I, rei da Pérsia, desejava que suas tropas cruzassem o Helesponto (atual Estreito de Dardanelos, na Turquia) sem auxílio de barcos e ordenou que uma imensa ponte fosse construída.

A ponte, como uma demonstração de poder, teria aproximadamente 1.600 metros de comprimento e suas fundações encontravam equilíbrio sobre barcos. Xerxes, todavia, teve seus planos frustrados quando uma tempestade destruiu sua edificação completamente. Transtornado, o déspota persa mandou chicotear as “traiçoeiras” águas.




Xerxes, indignado com a destruição da ponte que ligaria a Ásia à Europa, além de ordenar a morte dos engenheiros, mandou açoitar as águas com 300 chibatadas, ocasião em que teria dito:


"Oh vil curso d’água! Xerxes ordenou sua punição porque você o ofendeu. O grande rei irá cruzá-lo mesmo sem sua permissão, porque você é um traiçoeiro e estúpido rio!”.



Uma segunda ponte foi erguida algum tempo depois. Desta vez, já precavidos, os novos engenheiros teriam criado uma ponte com maior equilíbrio se valendo de aproximadamente 674 navios em sua fundação. Xerxes também ordenou a construção de um gigantesco canal, em 480 a.c., que, costumeiramente, é confundido com as pontes supramencionadas.
Xerxes e a sua má-fama

Herdeiro do maior império testemunhado pelo homem até então, Xerxes I era neto de Ciro, o Grande, e filho de Dário I. Seus antecessores foram grandes líderes persas. Xerxes, apesar de ser considerado um grande guerreiro, teria sido mimado desde cedo por sua mãe, Atossa (filha de Ciro).

O pai de Xerxes ficou conhecido como grande guerreiro ao dominar com maestria as armas da cavalaria e infantaria de luz (exímio arqueiro), mas, diferentemente de sua estirpe, ainda jovem, o príncipe Xerxes preferia se distrair nas fofocas de sua corte. “A má fama do jovem príncipe era tão grande que o filósofo Platão, no clássico Leis, usou-o como exemplo para demonstrar que mimo e riqueza em excesso tornavam impossível a virtude”. 

Deve-se, contudo, enfrentar essa citação com um olhar cético, visto que gregos e persas eram adversários ferrenhos e protagonizaram diversas guerras e batalhas épicas.

A Batalha de Salamina, em 480 a.C., foi o mais importante confronto naval do mundo antigo. No exíguo estreito entre a Ilha de Salamina e as terras da Grécia, a frota grega em grande desvantagem numérica derrotou a armada persa em brilhante vitória até hoje analisada por estrategistas militares. Essa história é recriada em 'A batalha de Salamina' por Barry Strauss, um dos melhores historiadores de batalhas navais. Ao combinar seu conhecimento de história clássica com o talento natural para contar histórias, Strauss torna a inexplicável vitória grega não tão somente explicável, mas cativante também. Com base em novas descobertas arqueológicas, ciência forense e até em meteorologia, além da própria experiência como remador (os navios da época eram impulsionados a remo), o autor oferece uma nova e profunda versão da antiga batalha. O livro destaca algumas das mais fascinantes figuras do mundo antigo - Temístocles, o comandante ateniense que traçou os planos da vitória (e trapaceou seus companheiros gregos na guerra); Xerxes, o rei persa especialista em combates terrestres, mas pouco versado na guerra naval; Ésquilo, o dramaturgo grego que participou da batalha e depois a imortalizou no teatro; e Artemísia, a rainha de ascendência grega e cária e, caso único entre mulheres, uma das comandantes mais fiéis de Xerxes, que tornou a derrota uma vitória pessoal.


batalha salamina


De acordo com o planejado por Temístocles, os gregos atraíram os persas para um combate naval no estreito que separa Salamina da Ática em setembro de 480 a.C.. O rei Xerxes estava muito confiante em seu exército, especialmente após a devastação que havia promovido em Atenas. No entanto, Temístocles concentrou sua frota com 200 embarcações na baía de Salamina para enfrentar os persas em uma localidade onde não conheciam muito bem. Sem ter como se defender, os persas foram derrotados na Batalha de Salamina, que provavelmente ocorreu no dia 29 de setembro de 480 a.C..


Kaulbach, Wilhelm von - Die Seeschlacht bei Salamis - 1868.JPG


Fontes:
infoescola.com
wikipedia.org
google.com.br
osaquemenidas.blogspot.com

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