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Hoje vamos falar de José Lins do Rego.
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Hoje vamos falar de José Lins do Rego.
José Lins do Rego (1901-1957) foi um escritor brasileiro. "Menino de Engenho", romance do Ciclo da Cana-de-Açúcar, lhe deu o prêmio Graça Aranha.
O livro nos três primeiros capítulos fala da passagem da vida de criança para a vida de adolescente, retratando o drama vivido pelo menino cujo pai matou a mãe na sua frente e acabou indo para um hospício. Esta tragédia muda radicalmente a vida de Carlos.
Nos capítulos seguintes será narrada a vida de Carlos no Engenho. Seu Tio Juca o leva da cidade para o campo e a partir de então o menino viverá no Engenho o avô materno. O menino vai crescendo e os episódios de sua infância e adolescência vão sendo retratados na história, mesmo que de forma rápida. O ambiente rural é muito bem retratado, ressaltando-se os moleques com quem ele brincava, os passeios de trem, os banhos de rio, as idas à escola, os conflitos com sua tia megera, etc.
Seu romance "Riacho Doce", foi transformado em minissérie para a televisão. Integrou o "Movimento Regionalista do Nordeste". É patrono da Academia Paraibana de Letras. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 25.
José Lins do Rego (1901-1957) nasceu no engenho Corredor, no município de Pilar, Paraíba, no dia 3 de junho de 1901. Filho de tradicional família da oligarquia do Nordeste açucareiro, passou a infância no engenho do avô materno. Iniciou seus estudos no município de Itabuna. Desde 1919, já colaborava em vários periódicos. Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito do Recife.
Em 1923 conheceu Gilberto Freire, que exerceu grande influência na sua vida literária. Em 1924 casou-se com Filomena Massa. Em 1925, já formado, mudou-se para Minas Gerais, onde exerceu o cargo de promotor público. Em 1926 desistiu de fazer carreira de magistrado e mudou-se para a cidade de Maceió, onde trabalhou como fiscal de bancos. Em 1932, publicou "Menino de Engenho", seu primeiro romance, que lhe deu o prêmio da Fundação Graça Aranha. Manteve intensa atividade literária, publicou um livro por ano.
Em 1935 foi para o Rio de Janeiro. Em 1937 publicou "Pureza", o primeiro romance que foge à temática do ciclo da cana-de-açúcar, seguindo-se de "Pedra Bonita" e "Riacho Doce". Com "Fogo Morto" (1943) retorna à temática nordestina. Em 1955 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Fogo Morto foi publicado em 1943, é a última obra do mais expressivo dos ciclos de José Lins do Rego: o da cana de açúcar. Apesar de marcar o término da série, com a decadência dos senhores de engenho, o romance também assinala seu auge, seu momento de superação, constituindo uma obra-prima da literatura regionalista, de caráter neo-realista.
Fogo morto é a denominação dada a um engenho que já não mói mais.
José Lins do Rego morreu no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de 1957.
Fogo morto foi adaptado para o cinema em 1976. Um filme de Marcos Farias, com Jofre Soares, Othon Bastos e Angela Leal.
Fontes:
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