segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Olá pessoal!

Boa semana para todos!


Começaremos a comentar os livros geralmente pedidos em vestibulares e Enem.


Um deles é Estrela da Vida Inteira - de Manuel Bandeira


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O livro editado em 1965, é uma coletânea da obra do grande poeta brasileiro Manuel Bandeira, pernambucano nascido em 19 de abril de 1886 e morreu em 13 de outubro de 1968.


Apesar de nunca ter apoiado formalmente o movimento modernista, é autor do Poema "Os Sapos"do livro "Carnaval" que foi publicado em 1919. Apesar de seguir o movimento parnasiano, esse poeta foge das normas poéticas do movimento. 
Esse poema foi lido por Ronaldo de Carvalho na Semana de Arte Moderna em 1922, e foi muito vaiado no Teatro Municipal.

"Em ronco que a terra,
Berra o sapo-boi:
— “Meu pai foi à guerra!”
— “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”
O sapo-tanoeiro
Parnasiano aguado,
Diz: — ” Meu cancioneiro
É bem martelado."
Ele faz uma crítica ao parnasianismo (parnasiano aguado)

Os poeta se utiliza de temas até então banais para criação poética


Resumo:

O livro Cinzas das Horas, publicado em 1917, apresenta uma tradição simbolista e parnasiana, ao mesmo tempo que demonstra caminhar para uma ruptura delas.
Poemeto irônico
O que tu chamas tua paixão
É tão somente curiosidade.
E os teus desejos ferventes vão
Batendo as asas na irrealidade
O livro Carnaval, publicado em 1919, foi escrito com o pretexto de que no carnaval tudo é possível e que todas as fantasias são liberadas e, por isso, não apresenta uma unidade entre os poemas. Neste livro, Bandeira publicou o poema “Sapo” que satiriza o parnasianismo e que, por isso, foi considerado como um hino para os modernistas de 1922.
Baladilha Arcaica
Na velha torre quadrangular
Vivia a Virgem dos Devaneios...
Tão alvos braços... Tão lindos seios...
Tão alvos seios por afagar...
 
O livro O Ritmo Dissoluto, publicado em 1924, explora a simplicidade popular e apresenta um pouco de prosaísmo.

CARINHO TRISTE

A tua boca ingênua e triste
E voluptuosa, que eu saberia fazer
Sorrir em meio dos pesares e chorar em meio das alegrias,
A tua boca ingênua e triste
É dele quando ele bem quer.
O livro Libertinagem, publicado em 1930, representa o completo amadurecimento do poeta em relação à liberdade estética.
Não sei dançar
Uns tomam éter,outros cocaína.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste.
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria.
O livro Estrela da Manhã foi publicado em 1936 quando Bandeira já tinha mais de 50 anos.
Balada das três mulheres do sabonete Araxá
As três mulheres do sabonete Araxá me invocam, me bouleversam, me hipnotizam.
Oh, as três mulheres do sabonete Araxá às 4 horas da tarde!
O meu reino pelas três mulheres do sabonete Araxá!
O livro Lira dos Cinquent’Anos, publicado em 1940, foi encomendado por uma editora e escrito a caráter de urgência.
A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia
O livro Belo Belo, o livro Mafuá do Malungo, publicados em 1948, o livro Opus 10,publicado entre 1952 e 1955, e o livro Estrela da Tarde, de 1960, também fazem parte e enriquecem a belíssima obra “Estrela da Vida Inteira”.
Manuel Bandeira com estilo próprio, alternou do parnasianismo para o modernismo
Nesse poema : Poética, ele critica as formalidades da escrita poética.

Poética

Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado 
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. 

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. 

Abaixo os puristas. 
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais 
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção 
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis 


































































































































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