segunda-feira, 14 de setembro de 2020


No dia 14 de setembro de 1867, era publicada a obra-prima de Karl Marx, "O Capital: Crítica de Economia Política", uma obra que serviria de conceito e base teórica para grandes revoluções no mundo, criação de regimes de governo, além de uma crítica ao sistema capitalista. Além de "O Capital", "Manifesto Comunista" também é considerado uma das grandes obras do pensador, filósofo e teórico alemão.

Em seu livro, Marx assinalou: "os donos do capital estimularão a classe trabalhadora para que comprem mais e mais bens de consumo, casas, tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que a dívida se torne insuportável. O débito não pago da dívida levará os bancos à falência, porque terão que ser nacionalizados e o Estado dirigir a economia".

A ideia central de Marx estava na crença da derrocada da sociedade capitalista, que seria seguida por uma vitória do comunismo, libertando a classe trabalhadora da exploração por parte do empresariado.



Hoje, depois do fim da Guerra Fria e na era da crise climática, do subemprego crônico, da desigualdade global, da especulação financeira e de um crescimento debilitado, não são apenas os esquerdistas remanescentes que falam do fim do capitalismo. Dentro das Ciências Econômicas, dissemina-se o uso do termo “estagnação secular”. E na cúpula mundial dos poderosos do capital, cursa a frase: “O sistema capitalista não combina mais com este mundo”.

Com "O Capital", Marx reivindica ter descoberto “a lei econômica do movimento da sociedade moderna”. Ela é, a princípio, uma lei de progresso: a economia movida pelo capital, como prevê o esboço do "Manisfesto Comunista", “criou forças produtivas mais numerosas e mais colossais que todas as gerações passadas em conjunto”. Ela fomentou a tecnologia e a ciência e criou o mercado mundial. No entanto, os atores dessa economia, ou seja, os capitalistas, são pessoas compelidas: no caso de risco de falência, eles precisam desenvolver as forças de produção, perpetuar a inovação, extrair à força o máximo possível dos trabalhadores, explorar as matérias-primas deste mundo da maneira mais racional possível e transformá-las em mercadorias. É assim que o capitalismo cria condições para um mundo sem carência nem fome. Mas, sob a compulsão sistêmica de maximizar a mais-valia e o crescimento, esse modo de produção só pode produzir riqueza, em longo prazo, “se minar a fonte de onde brotam todas as riquezas: a terra e o trabalhador”.

No fim da obra O capital, Marx esboça um possível fim para essa história: a concentração dos capitais e a dinâmica da globalização fazem com que o abismo entre uma riqueza obscena e a miséria atinja níveis insuportáveis; a propriedade privada acorrenta as possibilidades emancipatórias inerentes à tecnologia. Isso leva a revoluções e à socialização das forças produtivas. Esse excesso político da teoria estimulou durante muitas décadas, e sobretudo no movimento dos trabalhadores, a esperança de uma crise final. Mas o prognóstico de um fim revolucionário da história nunca teve uma data, entre outros porque a crítica de Marx da economia política também analisa as forças contrárias através das quais o sistema de exploração capitalista sempre consegue se reestabilizar: expansão do mercado, inovação tecnológica, racionalização do uso de materiais, exploração exacerbada, globalização da produção, e, não por último, o crédito como um chicote em prol do crescimento.

Essa obra de mais de 150 anos revela ser bastante atual e suas previsões já não são mais encaradas como meras  ideias revolucionárias.

No futuro, com certeza, a Sociedade se abrigará no socialismo, na sua forma mais dialética de existência.

O Homem não nasceu para viver só (Gen.2:18) e a vida em grupo, onde um auxilie a necessidade do outro, não por altruísmo, mas por necessidade de sobrevivência, será a base de uma nova sociedade onde capital e trabalho formarão uma nova simbiose.

Para escrever o primeiro volume de sua obra, Marx levou mais de 15 anos e concentrou suas pesquisas na biblioteca do Museu Britânico, de Londres. Os dois outros volumes foram finalizados após a morte de Marx, por seu amigo Friedrich Engels, com base em fragmentos, bilhetes e anotações, deixados por Marx.

Friedrich Engels – Wikipédia, a enciclopédia livre
Engels



Fontes:
seuhistory.com
google.com
blogdaboitempo.com.br

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