Colocando os pingos nos "is"
Só depois do século XVII é que se usa o i com a sua forma atual e com o ponto, e o mesmo parece ter acontecido com o j. Até aí não o tinha, tal como ainda sucede com o iota grego. Antigamente distinguiam-se duas espécies de i, o vogal (i propriamente dito) e o i consoante, ou jota (j), décima letra do alfabeto. A confusão entre estas duas letras na escrita prevalece aproximadamente até ao séc. XV, a partir do qual as duas formas i e j começam a aparecer separadas. É natural (ou possível) que o ponto se tenha passado a usar para maior clareza na interpretação da letra.
Na Europa Medieval com a escrita apenas manual, um estilo que estava em alta era a fonte gótica, baseada na alfabeto gótico, muito popular nos livros alemães. Essa tipografia era muito bonita e rebuscada, mas de leitura difícil.
Um dos problemas do gótico é a semelhança entre dois ii e ‘u’. Por exemplo, ‘aquarii’ (do aquário) poderia facilmente ser lido como /aquaru/. Diversos símbolos foram usados com o propósito de diferenciá-los, como o til e o apóstrofo, mas o ponto foi o que se estabeleceu como padrão a partir do século XVI. (Aliás, o que há sobre o ‘i’, oficialmente, é um ponto; pingo é só no Brasil chamamos de pingo.)
O ‘i’, antigamente, funcionava como vogal e como consoante . Por exemplo, justiça e Jesus, em latim, eram escritos na Antiguidade como ‘iustitia’ e ‘Iesus’. Só no século XVI é que essa ambiguidade foi resolvida tipograficamente. O gramático italiano Gian Giorgio Trissino, um defensor da clareza na escrita, para diferenciar as duas funções da letra, ele propôs que o ‘i’ consonantizado fosse escrito “com uma cauda”, ou seja, que fosse espichado para baixo. Nasceu aí a letra ‘j’.
Somente a partir de 1525 a letra J passou a existir e a fazer parte do alfabeto.
Antigamente, principalmente no início das palavras, a letra J não existia, e a letra I era usada em seu lugar.
Fontes:
ciberduvidas.iscte-iul.ptarquer.com.br
updateordie.oom
google.om
wikipedia.org
salazero.blogspot.com
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