Foi na prisão Baumetes, em Marselha, na França, que a guilhotina foi usada pela última vez, em um dia como hoje, no ano de 1977. Nesta data, ocorreu a execução do imigrante tunisiano Hamida Djandoubi condenado por assassinato.
Hamida Djandoubi
Última execução pela guilhotina
A guilhotina ganhou fama com a Revolução Francesa, quando o físico e revolucionário Joseph-Ignace Guillotin conseguiu aprovar uma lei exigindo que todas as sentenças de morte fossem realizadas por "meio de uma máquina".
Máquinas de decapitação já haviam sido usadas na Irlanda e na Inglaterra e Guillotin e seus seguidores acreditavam que este aparelho proporcionaria uma morte mais "humana" do que outras técnicas como enforcamento e fuzilamento. A máquina de decapitação francesa foi construída e testada em cadáveres no dia 25 de abril de 1792. Um assaltante de estradas foi a primeira pessoa a ser executada na França revolucionária por este método.
O aparelho logo ficou conhecido como guilhotina por conta do seu incentivador e mais de 10 mil pessoas foram decapitadas durante a Revolução, incluindo o rei Luís XVI e Maria Antonieta, que eram, respectivamente, rei e rainha da França.
Luiz XVI e Maria Antonieta
A guilhotina passou por seu grande teste na manhã de 15 de abril de 1792. Às 10h, o instrumento foi montado no pátio do hospício Bicêtre, em Paris, transformado em presídio para receber os inimigos da Revolução Francesa. Dessa vez, no lugar de ovelhas vivas, as cobaias seriam cadáveres humanos. A afiada lâmina separou, a cada vez, cabeça e tronco de três defuntos, comprovando sua eficácia diante de uma platéia de representantes da Assembléia Nacional. Das janelas de suas celas, prisioneiros também assistiram à performance: “É o famoso projeto de igualdade, todo mundo morrerá da mesma maneira”, disse um deles, segundo as crônicas da época. “É o nivelamento”, acrescentou outro. Entusiasmado, o carrasco Charles-Henri Sanson, habituado a execuções bem mais penosas, exclamou: “Bela invenção! Tomara que não se abuse de sua facilidade!”
A primeira execução pública com o uso da guilhotina ocorreu dez dias depois, em 25 de abril (naquela mesma quarta-feira, o militar Rouget de Lisle interpretava, em Estrasburgo, o seu “Canto de Guerra para o Exército do Reno”, mais tarde rebatizado de A Marselhesa e transformado no hino nacional francês). A vítima foi Nicolas-Jacques Pelletier, condenado por roubo e assassinato. No dia seguinte, o jornal La Chronique de Paris deu seu veredicto sobre a guilhotina: “Ela não mancha a mão de um homem da morte de seu semelhante e a prontidão com a qual abate o culpado está mais de acordo com o espírito da lei, que pode muitas vezes ser severa, mas que não deve jamais ser cruel”.
A impressão positiva do jornal logo se tornaria uma opinião isolada. Em pouco tempo, a Revolução Francesa abandonou suas belas palavras de ordem e entrou no período chamado de Terror, em que qualquer suspeito de se opor ao regime podia acabar sem cabeça. No início de 1794, apenas em Paris, cerca de 20 mil condenados foram decapitados entre eles estava Georges Danton, que havia sido um dos líderes da Revolução.
George Danton
Fontes:
seuhistory.com
wikpedia.org
google.com
aventurasnahistoria.uol.com.br
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