Hoje é aniversário de nascimento de um dos maiores educadores do Brasil e do Mundo, Paulo Freire.
Paulo Freire nasceu no Recife em 19 de Setembro de 1921.
Educador reconhecido mundialmente om diversos títulos " Doutor Honoris Causa" nas mais renomadas universidades mundiais, no Brasil Paulo Freire ainda encontra resistência de um grupo menos letrada e esclarecido que desconhece a força de sua obra.
Ele foi exilado pela ditadura militar por ser associado a uma Educação "marxista" que visava implantar o "comunismo" no Brasil.
No Chile em 1968 escreveu sua grande obra, "Pedagogia do Oprimido".
Neste livro, Paulo Freire propõe uma explicação da importância e necessidade de uma pedagogia dialógica emancipatória do oprimido, em oposição à pedagogia da classe dominante, que contribua para a sua libertação e sua transformação em sujeito cognoscente ( àquele que tem capacidade de assimilar conhecimento) e autor da sua própria história através da práxis (uso da prática, não teoria) enquanto unificação entre ação e reflexão. Nesta pedagogia, o educador, através de uma educação dialógica problematizante e participante, alicerçada na confiança no povo, na fé nos homens e na criação de um mundo onde cada homem seja valorizado pelo que é, onde a liberdade do povo deve atender à perspectiva do oprimido e não do opressor, procura conscientizar e capacitar o povo para a transição da consciência ingénua à consciência crítica com base nas fundamentações lógicas do oprimido. Assim, caracteriza-se por um movimento de liberdade que surge a partir dos oprimidos, sendo a pedagogia realizada e concretizada com o povo na luta pela sua humanidade.
O livro propõe uma pedagogia com uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante, e sociedade. O livro continua popular entre educadores no mundo inteiro e é um dos fundamentos da pedagogia crítica.
Escrito na forma de ensaio, é dividido em quatro capítulos:
- Justificativa da pedagogia do oprimido
- A concepção "bancária" da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica
- A dialogicidade: essência da educação como prática da liberdade
- A teoria da ação antidialógica.
A teoria da ação antidialógica, centrada na necessidade de conquista e na ação dos dominadores, que preferem dividir para manter a opressão e deixar que a invasão cultural somada a manipulação desqualifiquem a nossa identidade. Após tal critica, apela e interpela-nos com um convite a unir para libertar, através da colaboração organização que nos conduzirão à síntese cultural, que considera o ser humano como ator e sujeito do seu processo histórico. Ainda mais sobre a teoria antidialógica, Paulo Freire, ressalta que a referida teoria tanto traz a marca da opressão, da invasão cultural camuflada, da falsa admiração do mundo, como lança mão de mitos para manter o status quo e manter a desunião dos oprimidos, os quais divididos ficam enfraquecidos e tornam-se facilmente dirigidos e manipulados.
De fato, a ação antidialógica é visível em nosso dia dia, principalmente no veículo de informação mais acessado pela maioria dos brasileiros, a televisão.
Propaganda de comportamentos, usos e costumes são impostas de forma escancarada, em programas de entretenimento, telenovelas e comerciais.
"Beba Cola-Cola"; McDonald's; roupas de grifes, modismos culturais de outros países, festas e comemorações.
Hoje nossas crianças comemoram o Halloween, que nada tem a ver com a nossa cultura. Usamos palavras do idioma inglês como se fossem nossos: "back up"; "start"; "day off"; "brain storm"....
Freire era favorável ao ensino de acordo com a realidade de cada público e de cada região, e que o educando de posse desse ensinamento fosse crítico e reativo através dos conceitos aprendidos.
Com a anistia de 1979, Paulo Freire retornou ao Brasil, mas só em 1980. Participou do governo de Luíza Erundina como Secretário da Educação entre 1989-1991.
Fontes:
seuhistory.com
wikipedia.org
google.com
scielo.mec.pt
guiadoestudante.abril.com.br
wattpad.com
dicionarioinformal.com.br
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