Fernão de Loronha rico empreendedor, comerciante e armador, Noronha era representante do banqueiro Jakob Fugger na Península Ibérica. Juntamente com outros cristãos-novos, comerciantes portugueses, em 1501 obteve da Coroa um contrato para exploração do pau-brasil, a valiosa madeira de tinturaria, renovado até 1511. Ele possivelmente esteve ligado já à expedição de Gonçalo Coelho (1501-1502) que retornou a Lisboa com uma grande carga de madeira, sem dúvida foi um dos financiadores da expedição de 1503-1504, e pode ter estado a bordo de uma das naus que em 24 de julho de 1503 avistaram a ilha chamada da Quaresma, rebatizada em seguida como Ilha de São João, e que mais tarde levaria seu nome.
Em 1504, quando Loronha já é citado como cavaleiro da Casa Real, o Rei Venturoso D.Manuel I (1495-1521) fez-lhe mercê hereditária da ilha com grande jurisdição, como a primeira "capitania do mar". No documento de outorga, ele é dito descobridor da ilha, mas tanto a data como o autor da descoberta são incertos, e não é inteiramente seguro que tenha estado presente em pessoa em qualquer das expedições. Outros relatos antigos apontam Gaspar de Lemos como o descobridor em 1500, ou Américo Vespúcio em 1503.
Brasão de Fernão de Loronha.
Em 1506, Noronha e os sócios extraíram das novas terras mais de 20 mil quintais ( 1 quintal é igual a 4 arrobas, que por sua vez vale 15 kg cada) de pau-brasil, vendidos em Lisboa com um lucro de 400% a 500%.
Cada quintal era vendido a 2,3 gramas de ouro.
Em 1511, associado a Bartolomeu Marchionni, Bendito Morelli e Francisco Martins, participou da armação da nau Bretoa, que a 22 de julho retornou a Portugal com uma carga de 5 mil toras de pau-brasil, animais exóticos e 40 escravos, em sua maioria mulheres. Foi um dos principais exploradores do pau-brasil até provavelmente a década de 1540.
Cada quintal era vendido a 2,3 gramas de ouro.
Em 1511, associado a Bartolomeu Marchionni, Bendito Morelli e Francisco Martins, participou da armação da nau Bretoa, que a 22 de julho retornou a Portugal com uma carga de 5 mil toras de pau-brasil, animais exóticos e 40 escravos, em sua maioria mulheres. Foi um dos principais exploradores do pau-brasil até provavelmente a década de 1540.
Nau Bretoa
Esteve em Inglaterra, donde trouxe Carta de Brasão de Armas Novas, dada pelo soberano inglês Henrique VII com meia rosa das Armas Reais, que ele apresentou a D. Manuel I, pedindo autorização para poder usá-las em Portugal. O Rei português não atendeu o pedido, mas prometeu por Alvará de Lembrança, passado a 26 de Agosto de 1506, dar-lhe Carta de Armas, nas quais entraria a meia rosa concedida pelo Rei de Inglaterra ou outras quaisquer, o que faria quando algum dos Rei de Armas estivesse na Corte. Morreu D. Manuel I sem fazer a mercê e Fernão de Loronha pediu a D.João III lhe confirmasse por Carta o Alvará de seu pai, o que fez a 28 de Junho de 1524. Este Rei, atendendo aos serviços prestados a seu pai e a ele próprio por Fernão de Loronha, o tirou do número geral dos homens e conto plebeu, reduzindo-o ao conto, estima e participação dos nobres fidalgos de limpo sangue e o fez Fidalgo de Cota de Armas, dando-lhe por armas as que trouxera de Inglaterra, acrescentadas, o que tudo consta de Carta passada a 3 de Setembro de 1532. As Armas dos de Loronha são: partido, o primeiro de prata, com meia flor de lis de ouro unida a meia rosa de vermelho em chefe, o segundo de verde com meia flor de lis de ouro unida a meia rosa de vermelho em ponta, encimada por uma pomba de prata voante, timbre a pomba do escudo. Anselmo Braamcamp Freire classificou de confusa a descrição da Carta Régia de 1532 e seguiu fonte menos autorizada, onde se encontram as armas por forma diversa da aqui referida.
Na segunda Expedição Exploradora, o lugar chamado pelo navegador de paraíso desde o primeiro momento foi entregue no ano seguinte pela Coroa, como Capitania Herediária, ao fidaldo português Fernão de Loronha, financiador da missão. Loronha – com ‘l’ mesmo – e a família nunca pisaram lá. Não sabem eles o que perderam.
Alguns atribuem a Fernão de Loronha a mudança dos nomes cristãos de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz para Brasil. Entretanto, tal fato não tem base histórica e se origina de ideias antissemitas.
Não manifestou interesse em explorar ou povoar a ilha que batizou, e que hoje é um famoso destino turístico. Segundo o IBGE "o donatário jamais tomou posse de suas terras que, abandonadas, atraíram as atenções de muitos povos, dentre os quais os alemães (que a abordaram em 1534), os franceses (também em abordagens em 1556, 1558 e 1612), os ingleses (em 1577), o holandeses (que nela se fixaram por 25 anos, entre 1629 e 1654) e os franceses (que aí viveram um ano, entre 1736 e 1737)". Sua posse permaneceu em sua descendência — que tampouco se preocupou com ela — até 24 de setembro de 1700, quando uma Carta Régia anexou-a à capitania de Pernambuco.
Fontes:
wikipedia.org
google.com
especiais.ne10.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário