No dia 15 de janeiro de 1919 morria assassinada em Berlim, na Alemanha, Rosa Luxemburgo, importante teórica dos movimentos socialista e comunista no século 20.
Assim como Lenin, ela acreditava na queda violenta do sistema capitalista, porém, era contra o nacionalismo que, na sua opinião, resultaria em um estado autoritário.
Nascida na Polônia no dia 5 de março de 1871, ela já participava de movimentos políticos desde muito nova. Em 1889, ela se mudou para Zurique, na Suíça, onde estudou economia, política e direito. Lá, participou da fundação do Partido Social-Democrata polonês,que mais tarde se transformou no Partido Comunista Polonês.
Rosa Luxemburgo viveu a Revolução Russa, de 1905, e a Primeira Guerra Mundial. Da primeira, ela acreditava que a revolução mundial começaria na Rússia. Em relação ao conflito mundial, Luxemburgo defendia que a guerra atentava contra o internacionalismo socialista. Luxemburgo e o seu colega Karl Liebknecht formaram um movimento para acabar com a guerra por meio de uma revolução dos trabalhadores. Em 1918, os dois fundaram o Partido Comunista Alemão mas, pouco tempo depois, ambos foram assassinados em Berlim.
No hotel Eden de Berlim, o soldado Runge destroça seu crânio e seu rosto a pontapés; outro militar, também a serviço do capitão Pabst, arremata com um tiro em sua nuca. Amarram seu corpo a sacos com pedras para que pese e não flutue, e jogam em um dos canais do rio Spree, perto da ponte Cornelius. Não aparecerá até duas semanas depois. O Governo do socialdemocrata Friedrich Ebert acabava assim com a vida de Rosa Luxemburgo, a mais importante dirigente marxista da história, ex-militante do Partido Socialdemocrata da Alemanha (SPD), a líder mais significativa da Liga Espartaquista e fundadora do Partido Comunista da Alemanha.
Minutos antes, os mesmos personagens tinham assassinato o principal companheiro de Luxemburgo em sua longa trajetória. Karl Liebknecht — único parlamentar que em primeira instância (1914) votou no Reichstag (Parlamento) contra os créditos de guerra para financiar a presença da Alemanha na Primeira Guerra Mundial — foi transferido para a prisão saindo do próprio hotel, mas antes de abandonar o local onde tinha sido interrogado lhe deram dois chutes que o deixaram aturdido e desmaiou; arrastado a um carro, é transportado ao Tiergarten, o grande parque de Berlim, onde é eliminado a sangue frio com tiros de pistola e abandonado no chão até ser encontrado. “Tentativa de fuga”, dirá a nota oficial; a de Luxemburgo trará: “Linchada pelas massas”.
Era a noite de 15 de janeiro de 1919. Hoje faz 101 anos da prisão e assassinato dos principais líderes da Liga Espartaquista e ícones históricos da revolução alemã de 1918-1919, que estoura logo depois que o Exército alemão foi derrotado e humilhado na Primeira Guerra. Rosa Luxemburgo tinha passado os quatro longos anos da guerra na prisão, depois que em um comício, em Frankfurt, pediu aos soldados, com sua oratória envolvente, que se negassem a combater, irmãos contra irmãos, e aos trabalhadores de seu país que iniciassem uma greve geral que deveria contagiar os trabalhadores de outros países do lado oposto, para que todos confluíssem sob a mesma bandeira para além das pátrias. Sai da cadeia no início de novembro de 1918 e se une à onda revolucionária que inunda as ruas das principais cidades e, sobretudo, de Berlim. Dois anos antes, em outro comício, em 1º de maio de 1916, em meio à conflagração, Liebknecht encerra sua fala ao grito de “Abaixo a guerra, abaixo o Governo!”. Também é preso e passa dois anos e meio na prisão. Sai em 23 de outubro de 1918.
Fontes:
brasil.elpais.com.br
seuhistory.com
google.com
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