Aconteceram pelo menos três tentativas de separação dos Estados Brasileiros no século XIX.
CABANAGEM
Deflagrado em: Província do Grão-Pará
Quando: 1835 a 1840
Estopim: Em 1833, os regentes que governavam o país nomearam o novo presidente da província do Pará, Lobo de Souza, contra as elites locais. O nome foi inspirado nos cabanos, que eram pessoas que moravam em casas de palha. As elites aproveitaram a insatisfação popular com as precárias condições de vida e atiçaram a rebelião para diminuir a a influência do Império. O levante, que também atingiu a região do Amapá, acabou sufocado por divergências internas e pela intensa repressão.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Deflagrada em: Província de Pernambuco
Quando: 1824
Estopim: A primeira Constituição, imposta em 1824 por D. Pedro I, limitava a autonomia das províncias. Insatisfeitas com o com o governo central, lideranças locais principalmente padres, fazendeiros e comerciantes organizaram levantes para isolar o estado, propondo formar a chamada Confederação do Equador, porque Pernambuco ficava próximo à linha do Equador. A rebelião se espalhou por outros estados do Nordeste Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará mas foi derrotada pelo Império. Seu principal líder, Frei Caneca, foi fuzilado em 1825.
GUERRA DOS FARRAPOS
Deflagrada em: Província de São Pedro do Rio Grande do Sul
Quando: 1835 a 1845
Estopim: Em 1834, os regentes aprovaram um novo aumento de impostos para os gaúchos. Os revoltosos (conhecidos como “farrapos” por causa de seus trajes precários) derrubaram o presidente da província e proclamaram a independência, criando a República Rio-Grandense. Em 1839, ocuparam parte de Santa Catarina, proclamando a República Juliana (ela foi fundada em julho, daí o nome). As duas Repúblicas eram confederadas, ou seja, soberanas e independentes entre si, porém parceiras. Em 1845, o governo central retomou a região.
Em 2 de Julho de 1823, ao custo de muitas vidas, foi decretada a independência do estado da Bahia após um movimento iniciado dois anos antes. A partir de então, a então província passou a fazer parte da unidade nacional brasileira. A luta pela independência na Bahia veio antes da brasileira, contudo só se tornou realidade quase um ano após o 7 de setembro de 1822. Além disso, ao contrário da pacífica proclamação às margens do Ipiranga, o processo baiano foi conflituoso e violento. Ao longo da luta pela emancipação baiana, os interesses estavam divididos: de um lado, havia os portugueses interessados em manter a província como colônia; do outro brasileiros, liberais, conservadores, monarquistas e até republicanos se uniram em um interesse comum de uma luta que estava efervescendo há alguns anos.
Fontes:
history.uol.com.br
super.abril.com.br
google.com
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