No dia 17 de julho de 2007 acontecia, até então, o pior acidente aéreo da história brasileira. Trata-se da tragédia com o Airbus A-320 da TAM, que fazia o voo 3054, procedente de Porto Alegre e com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Neste dia, o avião não conseguiu diminuir a velocidade ao pousar e se chocou contra um depósito de cargas da própria TAM, localizado na cabeceira da pista, no lado oposto da avenida Washington Luís. Todas as 187 pessoas a bordo do avião assim como outras 12 no solo morreram no acidente.
Em 17 de julho de 2007, o voo JJ 3054 - que partiu do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com destino a Congonhas - era operado pelo Airbus A320-233 de prefixo PR-MBK.
Fazia quatro dias que a aeronave voava sem um dos reversores, mecanismo que inverte o fluxo de ar nas turbinas e ajuda na frenagem do avião.
Nesses casos, os pilotos, próximos de tocar em solo, devem reduzir os manetes da posição equivalente a "aceleração" para "ponto morto".
Em seguida, já no chão, puxam os manetes dos dois motores para "reverso" (ignorando que um deles está desabilitado). O procedimento aciona automaticamente os spoilers (flaps que se abrem no pouso "empurrando" o avião para baixo) e os autobrakes (freios).
Num dia normal, voar com um reverso inoperante - ou "pinado", no jargão dos aviadores - não chegaria a ser um grande problema. Mas aquele estava longe de ser um dia normal.
À época, o Brasil vivia um "apagão aéreo". A crise era um desdobramento do protesto dos controladores de voo contra a infraestrutura de serviço, gerando atrasos, cancelamentos e desgastando os funcionários física e psicologicamente.
Era uma época também que devido ao crescimento da economia brasileira e o consequente crescimento do poder aquisitivo das chamadas classes C e D, pessoas que nunca tinham sonhado em viajar de avião, agora viajavam. Isso colapsou o sistema aéreo que não estava preparado para o aumento de demanda.
Era um caos. Como se não bastasse, os funcionários da TAM relatavam uma pressão informal da companhia para que planos de voo fossem rigorosamente cumpridos. Os pilotos eram incentivados a não arremeter nem voar para aeroportos alternativos - pelo custo e pelo efeito cascata que isso gerava na malha aérea.
Fontes:
history.uol.com.br
wikipedia.org
bbc.com
google.com
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