terça-feira, 13 de julho de 2021

 Hemingway em Cuba.



Vamos falar  hoje da época  em que o escritor norte-americano  Ernest Hemingway viveu na ilha de Cuba, tendo como a  principal fonte de pesquisa o livro do escritor Norberto Fuentes com tradução para o português de Eric Nepomuceno da L&PM Editores - Porto Alegre.


Finca La Fígia


Esse livro contém prólogo de Gabriel Garcia Márquez. Ele conta     que a primeira vez que Hemingway chegou à Havana foi em abril de 1928, a bordo do vapor inglês Orita.





Hemngway tinha vivido na Europa, durante a primeira Guerra Mundial, na França e depois na Espanha, onde se apaixona por touradas, visita Pamplona, e escreve seu primeiro romance "O sol também se levanta" "The sun also rise" em 1926.


Foi em Havana que ele escreveu seus livros mais famosos: Por quem os sinos dobram, Adeus às Armas e  o Velho e o mar.


A primeira viagem à Havana em 1929 foi em companhia de sua recente esposa Pauline Pfeiffer com  quem teve dois filhos.




Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho). Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.






Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gelhorn, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro". Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento. 


Durante a Segunda Guerra Mundial, moravas em Cuba com Martha Gelhorn, transformou seu barco "Pilar" em caça submarinos alemães, atuando contra os nazistas. 


Em Cuba frequentava bares e festas, dentre eles o Floridita, onde criou o dringue "daikiri"


Hemingway viveu em Havana durante três décadas, antes da eclosão da Revolução liderada por Fidel Castro, em 1959. Lá ele tinha seu bar favorito, La Floridita. A 25 quilômetros da capital cubana, em San Francisco de Paula, ficava sua casa, a famosa Finca Vigía, agora um museu. No entanto, o escritor teve de abandonar a ilha em julho de 1960, um ano e meio depois da vitória da Revolução, devido às tensas relações diplomáticas entre o Governo de Washington e o cubano.

O filme "Papa" de 2016 de Bob Yari, conta a história do escitor em Cuba.

Papa - 2016

Hemingway tinha problemas com o álcool e a depressão. 
Na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum,  em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine em Idaho nos Estados Unidos.



Fontes:
wikipedia.org
google.com
youtube.com
adorocinema.com
brasil.elpais.com
terra.com.br
Hemingway em Cuba - Fuentes, Norberto - L&MP Editores S/A

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