domingo, 4 de julho de 2021

Vamos falar dos bandeirantes, enaltecidos por sua coragem e arrojo, mas questionados por seus métodos violentos contra os índios e escravos e sua enorme ambição por riquezas, pelas quais ultrapassam quaisquer limites éticos e civilizatórios.





Apesar do romantismo e heroísmo apresentado pela história brasileira, a realidade vivenciada pelos bandeirantes era precária. Andavam descalços, as roupas em farrapos, e era comum sofrerem de fome, doenças e ataques de animas selvagens e índios hostis. Essa dureza das expedições tornava os bandeirantes homens extremamente violentos, ambiciosos e rudes, características muito utilizadas para a escravização de índios e combate aos quilombos. Por exemplo, o Quilombo de Palmares foi destruído pela Entrada com mais de seis mil homens comandada por Domingos Jorge Velho.

As expedições de bandeirantes organizadas por particulares eram conhecidas como Bandeiras. As organizadas pelo governo eram conhecidas como Entradas. Tinham geralmente como ponto de partida as cidades de São Vicente e São Paulo. Caminhavam seguindo o curso dos rios, criando trilhas e muitas vezes seus pontos de apoio se transformaram posteriormente em cidades. Quando era possível, utilizavam a navegação das bacias hidrográficas. Lembrando que o interior do Brasil no Período Colonial era formado na sua maior parte por florestas densas e úmidas, inexploradas e conhecidas apenas pelos índios.




Como o objetivo principal dos bandeirantes era a captura de indígenas para a escravidão, eles descobriram que o ataque às missões jesuíticas eram uma rentável alternativa, em que poderiam obter índios acostumados a uma rotina de trabalhos braçais. Com isso, jesuítas e bandeirantes entraram em conflito diversas vezes.







Expansionismo e declínio

Nos diversos caminhos utilizados pelos bandeirantes surgiram inúmeras vilas, que mais tarde se tornaram cidades. Entre os anos de 1614 e 1639, segundo relato dos padres jesuítas Francisco Dias Taño e Antônio Ruiz de Montoya, cerca de 300 mil nativos foram escravizados no Brasil.

Na verdade, as bandeiras foram responsáveis pelo rompimento do Tratado de Tordesilhas e pela mudança em nossa geopolítica territorial. Assim, o Brasil triplicou em tamanho, o interior pôde ser colonizado e foi possível a exploração das riquezas minerais existentes nas diversas regiões brasileiras.

Graças as essas expedições, as primeiras regiões ricas em ouro foram descobertas no final do século XVII. Em 1695, aconteceu a primeira descoberta de ouro nas proximidades do Rio das Velhas, local onde hoje estão as cidades mineiras de Caeté e Sabará. Pouco tempo depois, outras regiões próximas formaram um dos maiores centros de exploração de ouro no Brasil.





Com o declínio do açúcar nordestino, entra em cena o ciclo do ouro, que enriqueceria os cofres lusitanos.

Com a descoberta de novas minas de ouro e dada a abundância do metal, o governo português resolveu explorar toda essa  riqueza.  Consequentemente a influência desses sertanejos chamado bandeirantes perdeu importância.









Com o ouro e a retomada do comércio de escravos africanos, a aventura bandeirante chega ao seu fim.




Fontes:
em.com.br
meuartigo.brasilescola.uol.com.br
google.com
abcdoabc.com.br
wikipedia.org

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