domingo, 11 de julho de 2021




O navio SS Exodus, que levava 4.500 imigrantes judeus (cosiderados ilegais, na época) para a Palestina (que estava sob domínio britânico), zarpou da França no dia 11 de julho de 1947. Seus passageiros, homens, mulheres e crianças eram sobreviventes do Holocausto ou refugiados. A embarcação, fabricada em 1928, havia sido adquirida pelo Hagana (uma organização militar judaica) para realizar a missão.

Antes de o Exodus chegar à Palestina, embarcações da marinha britânica cercaram o navio. Em 18 de julho, houve um confronto entre as forças navais britânicas e os passageiros do navio de refugiados. Um tripulante judeu e dois passageiros foram mortos. Dezenas foram baleados e sofreram outros ferimentos.

Então, os britânicos rebocaram o navio para Haifa e transferiram os passageiros para embarcações que voltavam para a Europa. Os navios desembarcaram pela primeira vez em Port-de-Bouc, na França, onde os passageiros foram obrigados a desembarcar. Quando as autoridades francesas recusaram-se a remover à força os refugiados, as autoridades britânicas, temendo a opinião pública, tentaram esperar até que os passageiros desembarcassem por conta própria. Os passageiros acabaram entrando em uma greve de fome que durou 24 dias. A cobertura da imprensa internacional forçou as autoridades britânicas a encontrar uma solução para o caso.

Os navios permaneceram lá por três semana. O governo britânico então transportou os passageiros para Hamburgo, onde foram levados para campos na zona britânica de ocupação na Alemanha. Com isso, grandes protestos aconteceram nos Estados Unidos e Europa. O embaraço público enfrentado pela Grã-Bretanha desempenhou um papel significativo para o eventual reconhecimento de um Estado judeu.

Os deportados foram transferidos em novembro de 1947 para a localidade alemã de Sengwarden. Dos 4.500 passageiros, havia apenas 1.800 remanescentes em dois campos de refugiados em abril de 1948. Muitos dos antigos passageiros tentaram voltar à Palestina e a maioria conseguiu quando Israel declarou a independência, em 14 de maio de 1948. Outros acabaram levados para campos de detenção em Chipre. Todos os detidos nesses campos foram transferidos para Israel quando a Grã-Bretanha reconheceu formalmente o Estado de Israel, em janeiro de 1949.



A criação do Estado de Israel, como dito, ocorreu em 1948, mas o processo de formação das comunidades judaicas na região da Palestina remonta às últimas décadas do século XIX, quando foi criado o movimento sionista. O sionismo, ou movimento sionista, foi criado por intelectuais judeus no início da década de 1890 e tinha por objetivo principal o combate ao antissemitismo (aversão ao povo judeu que se espalhou pelo mundo após a dissolução dos antigos reinos judeus na Idade Antiga), que subsistia na Europa desde a Idade Média e que havia se intensificado no século XIX.




Sionistas, como Theodor Herzl (1860-1904), pregavam o retorno dos judeus para sua região de origem, a Palestina (a “terra prometida”), a fim de formarem lá um Estado moderno aos moldes das nações ocidentais como forma de autodeterminação do povo judeu. Um Estado constituído trar-lhes-ia, além de legitimidade política, meios próprios para o exercício básico de soberania e cidadania, como defesa militar e garantia de direitos fundamentais.


Fontes:
history.uol.com.br
brasilescola.uol.com.br
google.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...