sábado, 12 de junho de 2021

 Grande terremoto em Lisboa.





Em 1º de novembro de 1755, a cidade de Lisboa, em Portugal, foi atingida por um terremoto de grandes dimensões. A destruição da cidade foi quase que completa e a reconstrução estendeu-se por séculos. O projeto de reconstrução foi encabeçado por Sebastião José de Carvalho e Melo, futuramente conhecido como Marquês de Pombal. Até hoje esse ocorrido é considerado uma das maiores tragédias naturais que atingiu Portugal.




Os impactos desse terremoto em Portugal a longo prazo foram inúmeros. Na política, o terremoto consolidou a posição de Carvalho e Melo como secretário de Estado (chefe de Estado) de Portugal. A reconstrução também deu outra cara à capital portuguesa, já que a reconstrução foi realizada no que ficou conhecido como estilo pombalino. Além disso, o terremoto de Lisboa contribuiu para consolidar estudos na área de sismologia.

Marquês de Pombal




A Lisboa do século XVIII era uma cidade com ares de cidade medieval, cheio de ruas pequenas, sinuosas e sujas. O terremoto que a atingiu em 1755 ocorreu em 1º de novembro, em uma manhã ensolarada. Os relatos contam que, por volta das 9h30, a cidade foi sacudida por um terremoto de grandes proporções.

O efeito do terremoto em uma cidade nessa condição foi devastador, e os relatos contam que os tremores estenderam-se por até sete minutos, embora existam relatos que sugerem que podem ter se estendido por 15 minutos. O epicentro desse terremoto estava cerca de 200 km a 300 km de Lisboa, mais precisamente a sudoeste de Portugal continental, no meio do Oceano Atlântico. Os especialistas da área, ainda hoje, não conseguem precisar com exatidão o epicentro desse terremoto.

Existe uma teoria que sugere que o primeiro tremor aconteceu nessa área citada acima e que um segundo tremor teria acontecido na desembocadura do rio Tejo, mas a teoria mais aceita sugere que não houve esse tremor na desembocadura do Tejo. Estudos atuais calculam que o tremor de 1755 tenha alcançado 9 graus na escala Richter (a escala vai até 10).

A magnitude desse terremoto contribuiu para a destruição total da cidade. Muitas pessoas em meio ao desespero e fugindo dos desabamentos e incêndios que atingiam outras partes da cidade fugiram para Baixa de Lisboa. Lá, essas pessoas foram atingidas um tsunami que afetou toda aquela região.

Assim, muitos dos que não morreram nos desabamentos e nos incêndios morreram com o efeito do tsunami que alagou essa parte de Lisboa. A respeito do terremoto, o historiador João Lúcio de Azevedo narrou o seguinte:

"Nos altares oscilam as imagens; as paredes bailam; dessoldam-se traves e colunas; ruem as paredes com o som calvo da caliça que esboroa, e de corpos humanos esmagados; no chão onde os mortos repousam aluem os covais, para tragar os vivos […]. O horror todo do inferno em ais e tormentos. Fuga desordenada com atropelos fatais, e o tropeçar continuo em pedras e cadáveres […]. Por toda a parte ruínas."

Entre os desmoronamentos, o incêndio que consumiu a cidade e as ondas trazidas pelo tsunami que alagou a Baixa de Lisboa, os especialistas apontam um alto número de mortos. Na época, Lisboa possuía cerca de 200 mil habitantes e o número de mortos varia bastante, pois existem os que apontam cerca de 10 mil mortos, enquanto outros sugerem mais de 50 mil mortos no desastre.

Além das vidas humanas, a destruição material foi enorme. A Biblioteca Real foi destruída com mais de 70 mil volumes de itens lá armazenados. A Ópera do Tejo, inaugurada naquele ano, foi destruída e foram enumeradas a destruição de 35 igrejas, 55 palácios e em toda a cidade acredita-se que cerca de 10 mil edifícios foram reduzidos a ruínas.



Fontes:
brasilescola.uol.com.br
wikipedia.org
cultuga.com.br
google.com

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