sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

 Vamos falar hoje da revoltas no período regencial brasileiro que durou de 1831 até 1840, até que D.Pedro II atingisse a maioridade, ou melhor fosse determinado que com 14 anos ele já era maior de idade, foi o chamado golpe da maioridade, para tentar conter as disputas políticas na época.


Abdicação de D.Pedro I



Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a derrota na Guerra da Cisplatina.


Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D. Pedro IV de Portugal.

Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro. Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade.

Durante o período regencial, no início com regências trinas, primeiro uma regência provisório, depois uma regência trina permanente com três senadores, e principalmente depois da regência única do padre Feijó estouraram diversas revoltas no Império do Brasil.

Padre Digo Antônio Feijó


Cabanagem:



Nos anos de 1835-1840, o Império do Brasil vivia o período regencial.

Dom Pedro I havia abdicado em favor do seu filho que tinha apenas cinco anos. Por isso, foi instituída a regência para governar o país.

Contudo, várias províncias não estavam satisfeitas com o poder centralizado e desejavam ter mais autonomia. Algumas, inclusive, queriam separar-se do Império do Brasil.

Insurreições como a Farroupilha, Balaiada e Sabinada, explodiram em todo território brasileiro.





A província do Grão-Pará compreende os atuais estados de Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Rondônia.

O Grão-Pará tinha mais contato com Lisboa do que com o Rio de Janeiro. Por isso, foi uma das últimas a aceitar a independência, só fazendo parte do Império brasileiro em 1823.

A Revolta da Cabanagem teve um alcance considerável e se espalhou pelos rios Amazonas, Madeira, Tocantins e seus afluentes.

Curiosamente, o nome deste movimento é um termo pejorativo e se refere às habitações típicas da província, construídas como "cabanas" ou "palafitas".





Em 1835, um motim organizado pelo fazendeiro Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre prendeu e executou o governador Bernardo Lobo de Sousa. Os rebelados, também chamados de cabanos, instalaram um novo governo controlado por Malcher. Francisco Vinagre, líder das tropas do novo governo, se desentendeu com o novo governador. Aproveitando de seu controle sobre as forças militares, tentou tomar o governo, mas foi preso pelo governador. Em resposta, Antônio Vinagre, irmão de Francisco, assassinou Félix Clemente Malcher e colocou Francisco Vinagre na liderança do novo governo.



Nessa nova etapa, Eduardo Angelim, líder popular, ascendia entre os revoltosos. A saída das elites do movimento causou o enfraquecimento da revolta. Tentando aproveitar desta situação, as autoridades imperiais enviaram o almirante britânico John Taylor, que retomou o controle sobre Belém, capital da província. No entanto, a ampla adesão popular do movimento não se submeteu à vitória imperial. Um exército de 3 mil homens liderados por Angelim retomou a capital e proclamou um governo republicano independente.



O governo, agora controlado por Angelim, abria possibilidades para a resolução dos problemas sociais e econômicos que afligiam as camadas populares. No entanto, a falta de apoio político de outras províncias e a carestia de recursos prejudicou a estabilidade da república popular. Sucessivas investidas militares imperiais foram enfraquecendo o movimento cabano. Em 1836, Eduardo Angelim foi capturado pelas autoridades do governo imperial.



Entre 1837 e 1840, os conflitos no interior foram controlados. Diversas batalhas fizeram com que este movimento ficasse marcado por sua violência. Estima-se que mais de 30 mil pessoas foram mortas. Dessa maneira, a Cabanagem encerrou a única revolta regencial onde os populares conseguiram, mesmo que por um breve período, sustentar um movimento de oposição ao governo.

Nas próximas postagens iremos falar da Sabinada, na Bahia;  Revolta dos Malés, em Salvador - BA;  Balaiada, no Maranhão e Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.


Fontes:
todamateria.com.br
brasilescola.uol.com.br
google.com
wikipedia.org


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