Em tempos em que a floresta Amazônica está sendo destrupida pela ganância de fazendeiros e latifundiários sob a complacência de um governo que nada faz para proteger a floresta e por isso mesmo é condenado internacionalmente , não podemos esquecer que hoje faz 31 anos do assassinato do líder seringueiro Chico Mendes.
No dia 22 de dezembro de 1988 em Xapuri, no Acre, morria Francisco Alves Mendes Filho, conhecido como Chico Mendes. Nascido no dia 15 de dezembro de 1988 ele foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental, reconhecido internacionalmente pela sua luta pela preservação da Floresta Amazônica. Seringueiro desde criança, Chico Mendes só aprendeu a ler aos 20 anos, por conta da falta de escolas na região da floresta.
Em 1975, iniciou sua carreira como líder sindical, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. No ano seguinte, começou sua luta pacífica para impedir o desmatamento da floresta. Ele também organizava ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos. Depois, Chico Mendes ocupou diferentes cargos na área sindical e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Ele tentou a carreira política, candidatando-se ao cargo de deputado estadual tanto em 1982 quanto em 1986, mas não conseguiu se eleger. Em 1985, participou da criação do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e da luta pela preservação da floresta e pelo modo de vida dos povos que ali vivem ; seringueiros, indígenas, castanheiros, pequenos pescadores, populações ribeirinhas - ganhou repercussão nacional e internacional. Por conta de sua luta, algumas terras começam a ser desapropriadas, como o Seringal Cachoeira, de propriedade de Darly Alves da Silva. Com isso, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes. Apesar de o líder dos seringueiros avisar polícia e imprensa que poderia ser morto, inclusive citando nomes de quem o ameaçava, quase nada foi feito.
No dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado com tiros disparados do fundo de sua casa, quando saía de casa para tomar banho em uma dependência externa. Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira a 19 anos de prisão pelo crime.
Darcy Alves da Silva e o filho, Darly Alves Ferreira, eram respectivamente, mandante e autor do assassinato de Chico Mendes. Ambos foram condenados a 19 anos de prisão. Eles fugiram da prisão em 1993, sendo presos novamente em 1996. Em 1999, Darly passou a cumprir o restante da pena em prisão domiciliar e Darcy passou a cumprir o resto da pena em regime semi-aberto.
Chico Mendes foi reverenciado no mundo inteiro e homenagem por Paul McCartney com a música "How many people"
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