sexta-feira, 25 de outubro de 2019




Em 25 de outubro de 1975, o jornalista, dramaturgo e professor Vladimir Herzog morria em São Paulo, após ter sido preso pela ditadura militar. A versão oficial de que ele teria cometido suicídio sempre foi questionada por opositores do regime. Depois disso, Herzog se tornou símbolo da luta pela democratização do Brasil.


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Nascido na Croácia (na época Reino da Iugoslávia), no dia 27 de junho de 1937, era de origem judia e veio com a família para o Brasil por conta da Segunda Guerra Mundial. Originalmente, foi batizado como Vlado, nome que considerava muito exótico. Então, para se ambientar melhor ao país, passou a assinar como Vladimir. 

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Formado em filosofia pela Universidade de São Paulo, trabalhou, a partir de 1959, no jornal O Estado de São Paulo e também na BBC de Londres. Nos anos 70, assumiu a direção do departamento de telejornalismo da TV Cultura, de São Paulo. Foi professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e atuou como dramaturgo. Era conhecido por sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro e pela luta contra a ditadura. 


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No dia 24 de outubro de 1975, quando era diretor de jornalismo da TV Cultura, Herzog foi convocado a prestar depoimento sobre sua conexão com o Partido Comunista Brasileiro. No dia seguinte, foi encontrado em uma cela enforcado com sua própria gravata. Em 2012, seu registro de óbito foi retificado, passando a constar que sua "morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército – SP (Doi-Codi)". O jornalista era casado com a publicitária Clarice Herzog, com quem tinha dois filhos.



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Herzog e Clarice



Depois do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, o ato inter-religioso pela morte de Vladimir Herzog foi a primeira grande manifestação de protesto da sociedade civil contra as práticas da ditadura militar. Reuniu milhares de pessoas dentro e fora da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo, entre elas figuras conhecidas, artistas e intelectuais, como o filósofo francês Michel Foucault, cujas aulas na FFLCH DA USP tiveram de ser interrompidas. O assassinato colocara uma grande questão religiosa. Os judeus não enterram suicidados dentro de seu cemitério, mas fora dele. Assim o enterro de Herzog, dentro do cemitério Israelita, e a respectiva cerimônia se tornaram atos contra o regime militar.

Culto ecumênico na Sé

Após a morte de Herzog e depois do operário Manoel Fiel Filho o presidente Geisel trocou o comandante do II Exército Ednardo D´avila Mello.


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Wladimir Herzog e Manoel Fiel Filho



Esse fato acelerou a abertura política e o fim da ditadura militar.

Na música de Aldir Blanc e João Bosco "O Bêbado e a Equilibrista" brilhantemente interpretado por Elis Regina, existe uma lembrança à Maria e à Clarice. Maria mãe de Henfil e Herbert de Souza, o Betinho e Clarice mulher do Vlado Herzog.




Fontes:
seuhistory.com
google.com
youtube.com
vidacuriosa.blogspot.com
agenciabrasil.ebc.com.br
wikipedia.org.


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