A Conspiração do Harém teve lugar no Antigo Egito, durante o reinado de Ramsés III (1194-1163 a.C.). Como Ramsés III morreu no rescaldo desta conspiração, sabemos que a data exata em que ocorreu foi 1163 a.C. Tudo começou porque a rainha Tiye estava furiosa por não ter sido proclamada uma das rainhas principais de Ramsés III, dado que o seu filho Pentewere era o primogénito do faraó; com a condição de rainha secundária, Tiye nunca poderia aspirar a que o seu filho se tornasse sucessor de Ramsés III.
Tiye
Tiye queria, por isso, colocar Pentewere no trono do Egito. Ela conseguiu convencer muitas mulheres do harém a juntarem-se à sua causa, a que se seguiram oficiais, sacerdotes, nobres e até o comandante do exército egípcio. No entanto, não conseguiram convencer o povo e a conspiração falhou. Ramsés III morreu nessa altura, mas a sua múmia não apresenta sinais de violência. No entanto, pode ter sido envenenado. O certo é que atualmente não se sabe ao certo se o faraó morreu vítima da conspiração ou de alguma complicação que teria nessa altura.
Alguns especialistas afirmam que o faraó Ramsés III teve a garganta cortada: concluíram pesquisadores baseados em raios X e análises de DNA para resolver um crime de 3 mil anos que confirma a chamada “conspiração do harém”, um dos episódios mais sombrios do antigo Egito.
A conspiração de membros do harém do faraó é conhecida através de documentos da época, em particular o “Papyrus judiciaire” conservado em Turim e que relata a tentativa de golpe de Estado da rainha Tiyi, uma das esposas de Ramsés III.
O que sabemos é que Ramsés IV, filho e sucessor de Ramsés III, levou os cerca de quarenta conspiradores a um tribunal criado especialmente para este caso. Alguns dos acusados foram libertados porque se descobriu estarem inocentes, a outros foram cortados os narizes e orelhas, enquanto que os conspiradores principais foram condenados a serem queimados vivos ou empalados. Pentewere, devido ao seu estatuto de príncipe, foi condenado ao suicídio.
Dada a proteção palaciana e a existência de um corpo de guardas especial dedicado a cuidar da integridade física dos faraós que viveram durante o Novo Império é difícil imaginar que um destes governantes poderia ser assassinado. Entretanto, existe um documento judicial dos tempos faraônicos que chegou até nós que explica detalhes de um complô para matar o faraó Ramsés III. Este episódio atualmente é chamado de forma romanceada como “A conspiração do harém” e trata da rainha Tiye, que com o auxílio de cúmplices arquiteta um plano para dar fim a vida do rei.
O papiro não está completo, estando faltando justamente a parte que contaria se o plano deu certo. Em complemento, a múmia de Ramsés III já é conhecida deste o século XIX e suas primeiras análises não apontaram nenhum tipo de violência. Contudo, em 2012 escrevi um post explicando que uma equipe de bioarqueologos tinha descoberto, através de tomografias computadorizadas, que ele teria sido morto com um corte na garganta que alcançou sua traqueia. Neste ano de 2016 uma publicação no livro “Scanning the Pharaohs: CT Imaging of the New Kingdom Royal Mummies”, escrito pelo arqueólogo egiptólogo Zahi Hawass e o radiologista Sahar Saleem, aponta que reanalisando o corpo de Ramsés III foi possível encontrar mais evidências de ataques. Um deles está em um dos pés, que possui fraturas, além de um dos dedos, que foi decepado.
Ainda de acordo com a publicação, Saleem destaca indícios que o levou a acredita que as feridas no pé foram feitas por um machado, e que o rei também foi atacado de frente por uma espada e um outro assassino o atacou pelas costas com uma faca.
Fontes:
oarquivo.com.br
google.com.br
exame.abril.com.br
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