sábado, 3 de março de 2018

Olá, pessoal !


Hoje vamos falar do cantor e compositor Donga.


Donga gravou "Pelo Telefone", o primeiro registro fonográfico da história do samba


Donga (1890-1974) foi músico, compositor e violonista brasileiro. Em parceria com Mauro de Almeida compôs a música "Pelo Telefone", gravado em 1917, o primeiro samba gravado na história.
Donga (1890-1974) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de abril de 1890. Filho de Pedro Joaquim Maria, pedreiro, e de Amélia Silvana de Araújo, a "Tia Amélia", mãe de santa, cantadeira de modinhas, uma das baianas do bairro da Cidade Nova, junto com Tia Ciata, Tia Presciliana de Santo Amaro, Tia Gracinda, Tia Verdiana, que fundaram ranchos onde aconteciam sessões de candomblé e sambas.
Donga, influenciado pelo ambiente musical, com 14 anos aprendeu a tocar cavaquinho, violão, e banjo, além de dançar um partido alto. Assíduo frequentador da casa de Tia Ciata, na rua Visconde de Itaúna, foi ali que Donga, em 1916 compôs um trecho do samba "Pelo Telefone", depois terminada pelo jornalista Mauro de Almeida. Compôs também valsas, marchinhas, toadas e emboladas.
Em 1922, Pixinguinha monta o grupo "Os Oito Batutas" onde Donga tocava violão. Com suas marchas rancho, chorinhos e sambas, conquistam público e crítica, mudando o nome depois para "Os Batutas". Participa ainda da "Orquestra Típica Pixinguinha Donga" e em 1932 do "Grupo da Velha Guarda" e dos "Diabos do Céu".
Casou em 1932, com a cantora Zaira Cavalcanti, com quem teve uma filha, Lígia. Dois anos depois ficou viúvo. Casou ainda mais quatro vezes.
Em 1940 Donga gravou nove composições, no disco Native Brazilian Music, organizado pelos músicos Vila Lobos e o americano Leopold Stokows, que foi lançado nos Estados Unidos pela gravadora Colúmbia.
Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos), aposentado como oficial de justiça, pobre, doente e quase cego, morava na Casa dos Artistas, no Rio de Janeiro. Faleceu no dia 25 de setembro de 1974.

Sobre a famosa música pelo telefone, a letra original da canção, que era “O chefe da folia/ Pelo telefone / Mandou me avisar / Que com alegria / Não se questione / Para se brincar”, foi alterada para a versão mais conhecida hoje em dia, "O Chefe da Polícia / Pelo telefone/ Manda me avisar/ Que na Carioca / Tem uma roleta/ Para se jogar". Segundo depoimento de Donga para o Museu da Imagem e do som (MIS), “O Chefe da Polícia… foi uma paródia feita pelos jornalistas de A Noite”. Repórteres do jornal tinham, em 1913, posto uma roleta no Largo da Carioca, para demonstrar a tolerância da polícia com o jogo. Em abril de 1913, o chefe de polícia do Rio de Janeiro havia declarado que o jogo permaneceria liberado “até que o governo resolvesse o contrário". Henrique Foréis Domingues, o Almirante, em matéria no jornal O Dia, em 13 de fevereiro de 1972, também confirma essa versão: “alguém lá na redação de “A Noite”, inspirando-se nos episódios em questão, criou a famosa paródia”.

                                     Donga - Pelo telefone
Existem controvérsias quanto à autoria e quanto à data da composição Segundo alguns, a canção teria sido composta em 1916, no quintal da casa da Tia Ciata, na Praça Onze A melodia, originalmente, intitulava-se Roceiro e foi uma criação coletiva, com participação de João da Baiana, Pixinguinha, Caninha, Hilário Jovino Ferreira e Sinhô, entre outros.  O Jornal do Brasil, em 4 de fevereiro de 1917, publicou uma nota do Grêmio Fala Gente comunicando que “o verdadeiro tango Pelo Telefone”, dos autores: João da Mata, Germano, Tia Ciata e Hilário, seria cantado na Avenida Rio Branco, dedicado “ao bom e lembrado amigo Mauro”. O próprio Almirante acusou Donga de se ter apropriado de uma criação coletiva. Donga respondeu que as músicas eram diferentes. Mas concordou que não foi o autor da letra de Pelo Telefone, que é de Mauro de Almeida Culpou a gravadora por ter omitido o nome do parceiro. “A omissão do nome de Mauro na gravação da Casa Edison não pode ser atribuída a mim”, disse.


Na música "Saudades do Café Nice" de Milton Carlos, ele diz: "Ary Barroso, no piano reclamava, que Donga fez um samba que não é de ninguém"

                                         Nelson Gonçalves

A música de maior sucesso, pelo telefone, não foi a única, como "Patrão, prenda seu gado" de 1955, com Pixinguinha e João da Baiana.

Compôs ainda: Vertigem, Canção dos Infelizes, Ranchinho desfeito, Lígia, teus olhos dizem tudo, e muitas outras.




Fontes:
wikipedia.org
youtube.com
ebiografia.com
educacao.uol.com.br

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