segunda-feira, 26 de março de 2018

Olá, pessoal !

Hoje vamos falar do Novo Acordo da Língua Portuguesa, que já fez dois anos em janeiro de 2018.


Há muitos anos o países de língua portuguesa vinha discutindo uma maneira de simplificar o idioma nos diferentes países, uma vez que apesar de ser o mesmo idioma o português tem variações em cada local, por exemplo algumas palavras que no português do Brasil têm significados diferentes no português de Portugal.  A partir dessas discussões alguns países se reuniram com o intuito de criar o um acordo ortográfico para que algumas palavras fossem grafadas da mesma maneira em todos os países de língua portuguesa. No ano de 1990 o acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado por oito países, incluindo o Brasil.
Mas esse acordo só entrou em processo de implantação em 2009, mas não era obrigatório ainda, uma vez que no período de 2010 a 2012 foi para adaptação de livros didáticos e para a própria população se acostumar com a novas regras.
Assim durante esse período, provas de vestibulares, Enem, concursos e outras não cobravam o uso das novas regras na sua escrita.
novo acordo ortográfico deveria entrar em vigor já no ano de 2013, mas a fim de acompanhar o cronograma de implantação de outros países de língua portuguesa, o Brasil estendeu esse prazo para 2016. Assim desde o dia 1º de janeiro de 2016 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa passa a ser obrigatório em todo o território nacional e em mais oito países.

A primeira mudança pode ser estranha a alguns, mas só agora o alfabeto português possui 26 letras, uma vez que foram incluídas as letras K, W e Y.
Os acentos podem ser as mudanças que mais geram dúvidas: Palavras paroxítonas que tem o acento gráfico nos ditongos EI e OI não têm mais acento. Exemplo:
  • Estréia – Estreia
  • Idéia – Ideia
  • Paranóico – Paranoico
  • Assembléia – Assembleia
  • Geléia – Geleia
  • Jibóia – Jiboia
  • Apóio – Apoio
  • Platéia – Plateia
  • Jóia – Joia
  • Bóia – Boia
  • Coréia – Coreia
Outras palavras que perderam seu acento foram: creem, deem, leem, veem e seus derivados: descreem, desdeem, releem, reveem e as que tem acento no último o do hiato(Os hiatos são o encontro de vogais de sílabas diferentes): Voos, enjoo, abençoo.

Os acentos diferenciais das palavras também não são usados mais. Exemplo:
  • Pára (verbo) – Para
  • Pará-brisa – Para-brisa
  • Péla (substantivo) – Pela
  • Péla (verbo) – Pela
  • Pela (per+la)
  • Pêra – Pera
  • Pélo (verbo) – Pelo
  • Pêlo (substantivo) – Pelo
  • Pelo (per+lo)
  • Pólo (substantivo) – Polo
  • Polo (por+lo)

O trema foi totalmente eliminado da língua portuguesa, seu uso não era obrigatório e agora não existe mais, com exceção às palavras estrangeiras e em nomes próprios.

O hífen é usado em palavras que a segunda palavra começa com a mesma vogal que a primeira palavra. Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório, arqui-inimigo, semi-integral, micro-organismo.
Usa o hífen quando a segunda palavra começar com H: tele-homenagem, proto-história, sobre-humano, extra-humano, pré-história, anti-higiênico, semi-hospitalar.
O hífen quando o primeiro elemento acabar com vogal e o segundo começar com vogal diferente deixa de existir: socioeconômico, semiárido, autoestima, infraestrutura, ultrainterino.
Não se usa quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo elemento começar com R ou S. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno, extrarregular, minissaia, biorritmo, microssistema, ultrassom, antissocial.

A língua portuguesa é a quinta mais falada no mundo e a terceira do mundo ocidental, superada pelo inglês e pelo castelhano. Atualmente, aproximadamente 250 milhões de pessoas no mundo falam português e o Brasil responde por cerca de 80% desse total.

Diante disso, a língua portuguesa é instituída como oficial em Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Brasil, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Princípe e Guiné Equatorial. Diante da grandiosidade da língua, em países do MERCOSUL é obrigatório o ensino do português como disciplina escolar.

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A dispersão da língua em distintos continentes deve-se principalmente à política de expansão de Portugal, especialmente nos séculos XV e XVI, quando ocorreu a exploração de uma grande quantidade de colônias. Sendo assim, a língua da metrópole foi introduzida e logo se juntou com as culturas locais, formando uma diversidade de dialetos. Essa nova forma de falar o português fora da pátria mãe era denominada de criolo.

O português é oriundo do latim vulgar (essa variação era apenas falada), língua que os romanos inseriram em uma região ao norte da Península Ibérica, chamada de Lusitânia. A partir da invasão dos romanos na região, praticamente todos os povos começaram a usar o latim, salvo o povo basco. Nesse processo teve início a constituição do espanhol, português e o galego.

Em sua essência é uma língua românica, ou seja, ibérico-românico, que deu origem também ao castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros.


O português se diferencia por meio da variedade de dialetos e subdialetos e no âmbito internacional, pois a língua é classificada em português brasileiro e europeu.


Fontes:
aprenderportugues.org/nova-ortografia
mundoeducacao.bol.uol.com.br

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