Olá, pessoal !
Hoje vamos falar do cantor e compositor Taiguara.
Taiguara
Taiguara Chalar da Silva (1945/1996) protagonizou um dos capítulos mais peculiares da história da música popular brasileira. Nascido em Montevidéu, Uruguai, de pai brasileiro e mãe uruguaia, nunca encontrou um nicho em que se encaixasse nem na vida, nem na arte. Parafraseando Carlos Drummond de Andrade, quando ele nasceu um anjo torto, desses que vivem nas sombras, disse-lhe: “Vai, Taiguara, vai ser gauche na vida”. Taiguara cantou o amor, quando era a vez do protesto, e cantou o protesto, quando todos cantavam o amor, e virou guerrilheiro quando as tropas se recolhiam aos quartéis.
Que as crianças cantem livres
Universo em teu corpo
Hoje
Viagem
Ele teve 68 canções vetadas durante a ditadura. Em outubro de 1973, quando havia definido o repertório para o novo disco, submeteu as 12 canções ao crivo da censura, como era de praxe. Apenas uma foi liberada. Em abril do ano seguinte, outras 44 seguiram o mesmo destino: o veto. Para poder gravar, era preciso negociar com os novos parceiros, os agentes da censura. Numa ocasião, quando lhe proibiram de usar a palavra “polícia” na canção “Nova York“, sugeriu cantá-la em inglês, “police”, o que bastou para que a nova versão fosse aprovada.
Em meados de 1973, Taiguara preferiu o exílio em Londres. Retornou ao Brasil em 1975 para gravar e lançar um disco, do qual participaram músicos do calibre de Hermeto Pascoal e Wagner Tiso. O disco foi Imyra, Tayra, Ipy. O show foi cancelado e toda a tiragem recolhida pela polícia em 72 horas, convencendo Taiguara a sair novamente do Brasil, sem planos de retorno. Só voltou a cantar no Brasil quando um civil ocupava o Palácio do Planalto, em 1986, podendo finalmente cantar as letras que tinham sido proibidas.
Ele morreu em 14 de fevereiro de 1996, com problemas nos rins.
A grande ausente
Cavaleiro da Esperança (homenagem a Luiz Carlos Prestes)
Foi mais conhecido pelas canções românticas e de festivais, músicas como "A grande ausente" e "Modinha", fizeram muito sucesso nos festivais da década de 70.
Fontes:
wikipedia.org
jconline.ne10.uol.com.br
memoriasdaditadura.org.br
youtube.com
patriciapalumbo.com
google.com.br
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