Hoje vamos falar do bicho da seda.
Conhecido pelo nome científico ,bombyx mori, esse inseto é originário da Norte da China.
O bicho-da-seda alimenta-se exclusivamente de folhas de Amoreira, ao longo de toda a sua fase de vida larvar (lagarta). Ao fim de um período de pouco mais de um mês, a lagarta torna-se amarelada e começa a segregar um fio que usa para formar o casulo onde se dará a metamorfose para o estado adulto (imago). É esse casulo que serve de fonte para a seda. Estas mariposas que produzem a seda (B. mori) foram domesticadas há cerca de 3.000 anos a.C, nos países asiáticos (possivelmente na China), e por isso não conseguem sobreviver no ambiente natural. Vivem apenas criadas pelo homem de quem dependem para serem alimentadas e não conseguem voar. É como dizer que suas asas atrofiaram nestes séculos de domesticação. Existem mais de 400 espécies desta raça e hoje inúmeros cientistas trabalham na preservação do banco de germoplasma para, através de cruzamentos específicos, buscarem melhores híbridos para produção de seda, possibilitando, assim, melhores resultados na cadeia produtiva, desde o sericicultor até a indústria têxtil. Segundo (Hanada e Watanabe, 1986) a sericicultura começou a ser explorada no Brasil em meados do século XIX, e, praticamente, toda a produção de casulos e seda é destinada à exportação, porque a Indústria Têxtil brasileira consome menos de 4% da toda produção nacional. Esta atividade tem uma grande importância nos cenários nacional e internacional, uma vez que além da função econômica possui também um apelo social, pois a atividade é desenvolvida em pequenas propriedades que empregam mão de obra familiar, contribuindo para a renda dessas famílias e diminuindo o êxodo rural; além de ser uma atividade desenvolvida de forma sustentável e ecologicamente correta, pois apresenta baixo ou nenhum impacto ao meio ambiente, além de melhores condições de vida aos pequenos produtores. Para se aproveitar a seda, tem que haver o sacrifício da crisálida antes de seu amadurecimento, para se preservar a integridade do fio.
No passado remoto, os Chineses aprenderam a fabricar a seda a partir da fibra branca dos casulos dos bichos da seda. Só os Chineses sabiam como fabricá-las e mantinham esse segredo muito bem guardado. Quando eles, os chineses, começaram a fazer contato com cidades ocidentais, encontraram pessoas muito dispostas a pagar muito caro por esse produto.
Um lado muito positivo desse processo de produção da seda, e principalmente de todas essas rotas dedicadas ao seu transporte, foi que os dois lados (tanto a China produtora, quanto a o ocidente como mercado consumidor) aprenderam muito sobre essas diversas culturas e isso fez com que expandisse suas ideias sobre o mundo.
Rota da seda
A chamada Rota da Seda é na verdade um conjunto de rotas importantes e que eram interligadas por meio da Ásia do Sul, que eram muito utilizadas, especialmente para estabelecer o comércio de seda entre as regiões do Extremo Oriente e a Europa.
Dentre as rotas da seda conhecidas, uma das mais utilizadas em tempos de paz era pelo Oceano Índico, sendo uma rota costeira que permitia que grandes quantidades de produtos do Oriente, como a já citada seda e também as especiarias, pudessem seguir para a Europa.
Havia também uma série de rotas importantes que partiam da China e da Índia para a Europa por terra, usando caminhos que já eram conhecidos dos povos destas regiões e que passaram a ser conhecidos pelos comerciantes de ambos os lados, tanto do Extremo Oriente, quanto da Europa.
A maior parte destas rotas tem suas origens ligadas à Antiguidade, e algumas delas foram usadas, entre outras coisas, pelas tropas de Alexandre, o Grande, além de também terem servido para o desenvolvimento de algumas das civilizações antigas mais importantes, como o Egito Antigo e o Império Persa, entre outros.
Fontes:
wikipedia.org
infoescola.com
colegioweb.com.br
recordnews.com.br
youtube.com
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