Olá, pessoal !
Hoje vamos falar da escritora francesa Collete.
Foi atriz de music hall , envolveu-se na resistência antinazi, fez um ballet para a Ópera de Paris, colaborou com Maurice Ravel, tornou-se uma escritora de renome, mas Sidonie- -Gabrielle Colette (1873-1954) foi, acima de tudo, uma mulher muito à frente do seu tempo.
Collete
28/01/1873-03/08/1954
A controvérsia acompanhou-a, desde que, aos 27 anos, publicou o primeiro livro - Claudine à l'École - respondendo ao desafio que lhe fora lançado pelo marido para escrever sobre as suas recordações de infância e juventude. Colette acedeu, mas a série Claudine (pelo menos quatro livros) seria assinada por 'Willy', a alcunha do marido, Henry Gauthier-Villars.
Primeiro livro da série Claudine, escrito pela autora Colette no início do século XX. Claudine é uma moça francesa de 15 anos que vive numa cidade pequena e é famosa pela sua vivacidade, argúcia e ocasional insolência. Vive apenas com o pai, um desligado estudioso de lesmas, enquanto procura se situar e desfrutar do mundo adulto. Claudine vê e participa dos acontecimentos à sua volta com uma mistura entre malícia e inocência, aproveitando cada momento.
Colette e Willy
Terão sido, aliás, as aventuras extraconjugais de 'Willy' e a depressão que elas lhe provocaram que levaram a jovem Colette a livrar-se para sempre do papel de mulher submissa e de... esposa traída, que trocou por uma vida de liberdade. Esta, na Paris do início do século XX, conduzia diretamente ao escândalo.
Seu livro "A vagabunda" (la vagabunde) é um romance francês, escrito em 1910, descreve a vida de Rennée Néré, uma atriz que rejeita o homem que ama para perseguir, à sua maneira, a independência. Ela sentia-se muito melhor nesse mundo onde não se valorizava o casamento nem as instituições, mas sim a satisfação dos sentidos e a plenitude sexual. É um retrato colorido das casas de espetáculos e os atores do começo do século 20 em Paris. Poético e objetivo, o livro é um incentivo às mulheres para extrair seus desejos, realizar seus sonhos e justificar sua existência.
A lista dos seus amantes - homens e mulheres, reais ou presumidos - é extensa e vai desde Josephine Baker (com quem se terá cruzado nos tempos em que mostrava os seus espectáculos no Moulin Rouge ou no Bataclan)
Josephine Baker
Até Maurice Goudeket, que acabaria por ser o seu terceiro e último marido.
Maurice e Collete
O escândalo terá dado frutos. Simone de Beauvoir reivindica a importância do seu exemplo na libertação do "segundo sexo". Para lá do escândalo, estava a escrita. Os seus livros (para os quais aproveita muitos episódios autobiográficos) contam histórias de relações amorosas num estilo poderoso e aproveitando uma capacidade de observação aperfeiçoada ao longo dos anos. No fim, era respeitada e até admirada e pertencia à Academia Goncourt. Em Dezembro de 1954, quando é atribuído o prémio a Os Mandarins, de Simone de Beauvoir, o júri do Goncourt ainda estava de luto pela morte de Colette, quatro meses antes. Celebrava-se uma passagem de testemunho.
Até Maurice Goudeket, que acabaria por ser o seu terceiro e último marido.
Maurice e Collete
O escândalo terá dado frutos. Simone de Beauvoir reivindica a importância do seu exemplo na libertação do "segundo sexo". Para lá do escândalo, estava a escrita. Os seus livros (para os quais aproveita muitos episódios autobiográficos) contam histórias de relações amorosas num estilo poderoso e aproveitando uma capacidade de observação aperfeiçoada ao longo dos anos. No fim, era respeitada e até admirada e pertencia à Academia Goncourt. Em Dezembro de 1954, quando é atribuído o prémio a Os Mandarins, de Simone de Beauvoir, o júri do Goncourt ainda estava de luto pela morte de Colette, quatro meses antes. Celebrava-se uma passagem de testemunho.
Filme sobre a vida de Collete de Mara Phelps, conta sua vida seus amores, seu casamento fracassado com Willy, sua bissexualidade , sua luta contra a discriminação e pela liberdade feminina.
Seus livros chocaram as cabeças bem pensantes da época e seus livros eram guardados à chave, para que as meninas de boas famílias não pudessem ter-lhes acesso, inclusive colocados no Índex, do Vaticano. Divorciada (1906) tornou-se atriz do teatro de variedades, experiência que rendeu livros como La Vagabonde (1910) e L'Envers du music-hall (1913). Durante a primeira guerra mundial, tornou-se jornalista; depois dedicou-se à literatura. Na década seguinte tornou-se célebre como escritora, abordando as inquietações da juventude do pós-guerra, sob o pseudônimo literário de Colette. Foi eleita (1945) para a Academia Goncourt e recebeu a Legião de Honra, e morreu em Paris. Em sua obra fala das dores e dos prazeres do amor e são notáveis pela evocação sensorial de sons, sabores, cheiros, texturas e cores.
Colette e Mathilde "Missy" de Morny, uma de suas amantes, pintora e escultora.
Foram sucesso livros como Chéri (1920), Le Blé en herbe (1923), La Maison de Claudine (1922), La Chatte (1933), Duo (1934), Gigi (1944), L'Étoile Vesper (1947) e Le Fanal bleu (1949). Um das glórias da França e da Literatura, escreveu livros, aparentemente destinados a meninas bem comportadas que, afinal, eram tão escandalosos como a vida da autora. Foi a primeira mulher francesa a ter direito a um funeral de Estado, apesar de o arcebispo de Paris ter recusado oficiar a cerimônia religiosa, o que suscitou críticas de católicos devotos como Graham Greene, e até hoje causa admiração e suscita controvérsias.
"Petite-fille et nièce adorée de deux demi-mondaines, Gigi s’applique à manger délicatement du homard à l’américaine, à distinguer une topaze d’un diamant jonquille et surtout à ne pas fréquenter « les gens ordinaires ». On lui apprend son futur métier de grande cocotte. Mais Gigi et Gaston Lachaille, le riche héritier des sucres du même nom, en décident autrement… Gigi, un des rares romans d’amour heureux de Colette, donne son titre à ce recueil qui réunit trois autres nouvelles : « L’enfant malade », « La dame du photographe » et « Flore et Pomone »."
"Neta e sobrinha adorada por duas mulheres meio mundanas, a Gigi se aplica para comer delicadamente lagosta de estilo americano, para distinguir uma topázio de um narciso de diamante e, em especial, não frequentar "pessoas comuns". Ensinamos-lhe o seu futuro trabalho de grande caçarola. Mas Gigi e Gaston Lachaille, o rico herdeiro dos açúcares do mesmo nome, decidem de outra forma ... Gigi , uma das raras novelas de amor de Colette, dá o título a esta coleção que reúne outras três histórias curtas: " A criança doente " , " A dama do fotógrafo " e " Flora e Pomona "."
Collete era conhecida também por suas frases:
Sidonie Gabrielle Colette viveu na Paris dos anos vinte, onde floresceu uma das mais radiantes gerações de artistas do século XX.
Desde escritores como Hemingway, Scott FitzGerald, como pintores como Picasso, Dali, e Modigliani até cineastas como Luís Buñel e compositores como Cole Potter.
Paris at 21 Petter Allen
Fontes:
wikipedia.org
youtube.com
skoob.com.br
kdfrases.com
livrariacultura.com.br
Collete era conhecida também por suas frases:
Sidonie Gabrielle Colette viveu na Paris dos anos vinte, onde floresceu uma das mais radiantes gerações de artistas do século XX.
Desde escritores como Hemingway, Scott FitzGerald, como pintores como Picasso, Dali, e Modigliani até cineastas como Luís Buñel e compositores como Cole Potter.
Paris at 21 Petter Allen
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