Esse é um blog sobre curiosidades de português, história e cultura de maneira geral.
sexta-feira, 30 de julho de 2021
quinta-feira, 29 de julho de 2021
terça-feira, 27 de julho de 2021
A saga de jacaré e a jangada São Pedro.
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Vamos falar da peça do dramaturgo português Gil Vicente; "O velho da horta.
Gil Vicente foi um dramaturgo português (1465-1536) considerado o fundador do teatro em Portugal. Escreveu vários autos ( peças de cunho religioso) e farsas (comédias do cotidiano e críticas sobre a moral da sociedade portuguesa).
Viveu a fase do Renascentismo português, e é considerado um dos maiores da literatura portuguesa.
VELHO
Pater noster criador, Qui es in coelis, poderoso, Santificetur, Senhor, nomen tuum vencedor, nos céu e terra piedoso. Adveniat a tua graça, regnum tuum sem mais guerra; voluntas tua se faça sicut in coelo et in terra. Panem nostrum, que comemos, cotidianum teu é; escusá-lo não podemos; inda que o não mereceremos tu da nobis. Senhor, debita nossos errores, sicut et nos, por teu amor, dimittius qualquer error, aos nosso devedores. Et ne nos, Deus, te pedimos, inducas, por nenhum modo, in tentationem caímos porque fracos nos sentimos formados de triste lodo. Sed libera nossa fraqueza, nos a malo nesta vida; Amen, por tua grandeza, e nos livre tua alteza da tristeza sem medida.Entra a MOÇA na horta e diz o VELHO: Senhora, benza-vos Deus,
MOÇA: Deus vos mantenha, senhor.
VELHO: Onde se criou tal flor? Eu diria que nos céus.
segunda-feira, 19 de julho de 2021
domingo, 18 de julho de 2021
Uma frase que era muito comum ao designar que uma coisa era antiga era : Isso é do "tempo do onça."
Hoje em dia quase não é usada ou conhecida, porque é do tempo do onça.
Um cantor famoso no passado gravou uma valsa com esse nome. O nome dele era Carlos Galhardo.
Vocês já ouviram falar de um tal de Luís Vahia Monteiro?
sábado, 17 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de julho de 2021
"Examinou o terreiro, viu Baleia coçando-se a esfregar as peladuras no pé de turco, levou a espingarda ao rosto. A cachorra espiou o dono desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando, até ficar no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrando apenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra, Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da cerca do curral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a arma ao rosto. Como o animal estivesse de frente e não apresentasse bom alvo, adiantou-se mais alguns passos. Ao chegar às catingueiras, modificou a pontaria e puxou o gatilho. A carga alcançou os quartos traseiros e inutilizou uma perna de Baleia, que se pôs a latir desesperadamente.Ouvindo o tiro e os latidos, sinhá Vitória pegou-se à Virgem Maria e os meninos rolaram na cama, chorando alto. Fabiano recolheu-se.E Baleia fugiu precipitada, rodeou o barreiro, entrou no quintalzinho da esquerda, passou rente aos craveiros e às panelas de losna, meteu-se por um buraco da cerca e ganhou o pátio, correndo em três pés. Dirigiu-se ao copiar, mas temeu encontrar Fabiano e afastou-se para o chiqueiro das cabras. Demorou-se aí um instante, meio desorientada, saiu depois sem destino, aos pulos.Defronte do carro de bois faltou-lhe a perna traseira. E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo. Quis recuar e esconder-se debaixo do carro, mas teve medo da roda.Encaminhou-se aos juazeiros. Sob a raiz de um deles havia uma barroca macia e funda. Gostava de espojar-se ali: cobria-se de poeira, evitava as moscas e os mosquitos, e quando se levantava, tinha folhas secas e gravetos colados às feridas, era um bicho diferente dos outros.Caiu antes de alcançar essa cova arredada. Tentou erguer-se, endireitou a cabeça e estirou as pernas dianteiras, mas o resto do corpo ficou deitado de banda. Nesta posição torcida, mexeu-se a custo, agarrando-se nos seixos miúdos. Afinal esmoreceu e aquietou-se junto às pedras onde os meninos jogavam cobras mortas.Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão. Pôs-se a latir e desejou morder Fabiano. Realmente não latia: uivava baixinho, e os uivos iam diminuindo, tornavam-se quase imperceptíveis. (…)Abriu os olhos a custo. Agora havia uma grande escuridão, com certeza o sol desaparecera.Os chocalhos das cabras tilintaram para os lados do rio, o fartum do chiqueiro espalhou-se pela vizinhança.Baleia assustou-se. Que faziam aqueles animais soltos de noite? A obrigação dela era levantar-se, conduzi-los ao bebedouro. Franziu as ventas, procurando distinguir os meninos. Estranhou a ausência deles.Não se lembrava de Fabiano. Tinha havido um desastre, mas Baleia não atribuía a esse desastre a impotência em que se achava nem percebia que estava livre de responsabilidades. Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. Precisava vigiar as cabras: àquela hora cheiros de suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. Felizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do caritó onde sinha Vitória guardava o cachimbo. (…)Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes."
Acima um dos capítulos mais tristes da Literatura Brasileira, Vidas Secas de Graciliano Ramos, a morte da Baleia.
A obra é narrada em terceira pessoa e conta a saga da família de Fabiano, um retirante da seca que busca condições de vida mais dignas para ele e sua família.
terça-feira, 13 de julho de 2021
Hemingway em Cuba.
Vamos falar hoje da época em que o escritor norte-americano Ernest Hemingway viveu na ilha de Cuba, tendo como a principal fonte de pesquisa o livro do escritor Norberto Fuentes com tradução para o português de Eric Nepomuceno da L&PM Editores - Porto Alegre.
Esse livro contém prólogo de Gabriel Garcia Márquez. Ele conta que a primeira vez que Hemingway chegou à Havana foi em abril de 1928, a bordo do vapor inglês Orita.
Hemngway tinha vivido na Europa, durante a primeira Guerra Mundial, na França e depois na Espanha, onde se apaixona por touradas, visita Pamplona, e escreve seu primeiro romance "O sol também se levanta" "The sun also rise" em 1926.
Foi em Havana que ele escreveu seus livros mais famosos: Por quem os sinos dobram, Adeus às Armas e o Velho e o mar.
A primeira viagem à Havana em 1929 foi em companhia de sua recente esposa Pauline Pfeiffer com quem teve dois filhos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, moravas em Cuba com Martha Gelhorn, transformou seu barco "Pilar" em caça submarinos alemães, atuando contra os nazistas.
Em Cuba frequentava bares e festas, dentre eles o Floridita, onde criou o dringue "daikiri"
segunda-feira, 12 de julho de 2021
Vamos falar hoje de objeto direto e objeto indireto. O objeto direto e o indireto são termos integrantes da oração que completam o se...
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