domingo, 2 de agosto de 2020




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Depois das vitórias cartaginesas na Itália, Fábio Máximo, ditador romano, resolveu não enfrentar o exército de Aníbal, mas manter tropas em seu encalço, limitando seus movimentos. Tal estratégia (conhecida como Estratégia Fabiana), não agradou aos romanos e seus aliados, que queriam a expulsão dos cartagineses de seu território. Por esse motivo, o mandato de Fábio não foi renovado.


A Batalha de Cannas foi travada em 2 de agosto de 216 a. C., entre o exército cartaginês (gentilício dos procedentes do território africano de Cartago), comandado pelo general africano Aníbal Barca, e as tropas romanas, dirigidas pelos cônsules romanos Cayo Terencio Varrón e Lucio Emilio Paulo. 


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Caio Terêncio Varrão e Lúcio Emílio Paulo, eleitos cônsules, logo organizaram o maior exército que Roma tinha reunido até então: 8 legiões romanas (cada legião tinha em torno de 5 mil homens), mais a mesma quantidade de soldados aliados. A cavalaria tinha em torno de 6.500 homens, totalizando uma força de quase 87 mil soldados. Reunido, esse exército partiu para enfrentar as tropas cartaginesas que se encontravam no sul da Itália, próximas à cidade de Cannae, na Apúlia. O exército cartaginês contava com 46 mil homens a pé (infantaria) e 8 mil cavaleiros - e era composto por diversos povos: cartagineses, númidas, gauleses, hispânicos, celtas, entre outros.


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Desenrolada na cidade de Cannas, em Apulia, ao sudeste da Itália, a batalha terminou com a vitória do exército cartaginês, apesar da pronunciada inferioridade numérica deste. Após a mesma, Capua e várias outras cidades estado italianas abandonaram o partido da República romana. Esta batalha é tida como um dos maiores eventos de tática militar na história, e a maior derrota da história de Roma.

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A batalha ocorreu às margens do rio Ofanto e iniciou-se na manhã de 2 de agosto de 216 a.C. O exército cartaginês se posicionou com o sol às suas costas, deixando para os romanos o problema de ter a luz solar atrapalhando a visão. Enquanto as tropas marchavam para o combate corpo a corpo (a linha de frente romana ocupava mais de um quilômetro de comprimento), a poeira levantada tornou-se muito densa, o que mais uma vez atrapalhou os romanos, pois o vento levava o pó em sua direção. Ambos os exércitos posicionaram, como de costume, a infantaria no centro e a cavalaria dividida nos flancos (direita e esquerda) da linha de frente. Rapidamente, a cavalaria cartaginesa próxima ao rio Ofanto derrotou a cavalaria romana, permitindo que tropas cartaginesas passassem a cercar os romanos. Ao mesmo tempo, a infantaria cartaginesa começou a recuar numa formação em "U", obrigando a infantaria romana a avançar. Os romanos não se deram conta de que, aos poucos, os cartagineses estavam se fechando em torno deles e passaram a enfrentar os inimigos por todos os lados, sendo espremidos no centro do círculo formado por Aníbal. Dessa forma, a quantidade imensamente superior de soldados só atrapalhou os romanos, pois não tinham espaço para se movimentar.


Políbio, historiador da Antiguidade, conta que 70 mil romanos morreram e 11 mil foram feitos prisioneiros nessa batalha que durou um dia. Cannae está entre as 50 batalhas mais sangrentas de toda a história (e eles nem conheciam a pólvora!). Com essa vitória, Aníbal passou a controlar o sul da Itália. Siracusa, principal cidade da Sicília, se tornou aliada de Cartago. A Macedônia, que desde muito tempo via em Roma uma ameaça, se aliou aos cartagineses.

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A Batalha de Cannas tem grande importância na história militar tanto pelas táticas de guerra, nunca antes implementadas por Aníbal, como por sua importância na história militar da antiga Roma. O confronto terminou com a derrota da República de Roma e a vitória do grupo cartaginês.


Fontes:
seuhitory.com
educacao.uol.com.br
google.com

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