segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Vamos falar hoje do grande sambista Joel de Almeida, o magrinho elétrico.




Joel de Almeida (Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1913 - São Paulo 1º de abril de 1993) foi um cantor, compositor e radialista brasileiro.



Madureira Chorou - Joel de Almeida


Vou mandar meu filho para Paris




Joel de Almeida não foi apenas o cantor de marchinhas, mas um seguidor fiel do samba sincopado inaugurado por Luiz Barbosa, seu grande ídolo. Foi com Barbosa que aprendeu a fazer o ritmo no chapéu de palheta, e tornou-se, por acaso, ritmista de uma gravação histórica, o “Na Pavuna”, que praticamente inaugurou o estilo samba urbano no país, e foi a primeira a ter o bumbo na marcação, em gravação de estúdio.


Quem sabe, sabe - Joel de Almeida




Nascido em Vila Isabel, Joel foi amigo e contemporâneo de Noel Rosa e de toda a chamada geração de ouro da música brasileira. Na época, estavam em voga as duplas masculinas de cantores. A mais famosa, mas de vida breve, foi a de Francisco Alves e Mário Reis interpretando clássicos de Ismael Silva. Na sua cola, surgiu a dupla Jonjoca e Castro Barbosa, quase uma xerocópia autenticada da primeira.

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Em 1930, logo após a revolução, chegou ao Rio de Janeiro um soldado gaúcho de farda, violão e voz. Era Francisco de Paulo Rangel. Conheceram-se e surgiu a dupla Joel e Gaúcho, que, ao lado da breve dupla Mário Reis e Francisco Alves, se constituiria no mais famoso duo masculino da história da música brasileira.


Começaram a trabalhar na rádio Phillips do Rio, no programa do Case -o grande homem do rádio brasileiro. Seu primeiro sucesso foi em 1935 com um samba sincopado dos mais saborosos que o país produziu, o “Estão Batendo” (Gadé/ Valfrido Silva). “Estão batendo / se for comigo diga que não estou (só pode ser o cobrador) / é a mulata, que há muito tempo você abandonou”. Na segunda parte, o sincopado comia solto com um “estão ba-ra-que-tendo” que botava paralítico para sambar.

Nos anos 70, Marchezan, aposentado da CESP e um dos freqüentadores mais assíduos do bar do Alemão, na Água Branca, conhecia de cor e salteado todas as músicas e as duas vozes da dupla. Seu maior sucesso, pelo menos no Alemão, foi o samba “Foi uma Pedra”, de Pedro Caetano, com uma segunda voz imbatível (“levava jurando / ter grande afeição por mim / tu foste embora me deixando triste assim”), gravação de 1940.


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Em 1936 a dupla obteve um sucesso estrondoso com a marchinha “”Pierrô Apaixonado”, de Heitor dos Prazeres e Noel Rosa. Joel testemunhou o nascimento da canção em uma mesa de bar e saiu correndo dali para gravar, antes que passassem a música para Francisco Alves, o grande campeão de vendas da época. E também seria o grande sucesso do filme “Alô, Alô Carnaval”, de 1936, dirigido por Ademar Gonzaga, no qual a dupla é acompanhada pelos Diabos do Céu.
Pierrô apaixonado - Joel e Gaúcho


Fontes:
jornalggn.com.br
wiipedia.org
google.com
youtube.com

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