sábado, 8 de fevereiro de 2020


Hoje vamos falar da obra de Daniel Defoe, Robison Crusoé.


Foto -Daniel Defoe
Daniel Defoe


Este livro é provavelmente o primeiro romance já publicado, a data é de 1719. Quando se fala de Robinson Crusoé não se fala apenas de um personagem, mas sim de uma lenda, Daniel Defoe imortalizou a sua obra que continua sendo lida mesmo trezentos anos depois de escrita.


Crusoé era um jovem inglês com muita ânsia por aventuras. Seus pais queriam que ele seguisse uma carreira profissional estável, mas ele tinha pavor de ficar em um único lugar por toda vida.


Com essa animação, embarcou em sua primeira viagem de navio com um amigo. Durante o percurso, foram pegos por uma forte tempestade, ele prometeu que se retornasse com vida faria faculdade de Direito e construiria uma família, mas assim que o tempo melhorou, ele esqueceu as promessas.
Até que um dia, Crusoé acabou sendo escravizado por piratas que tomaram seu navio. Ele conseguiu fugir usando um bote de pesca. Ficou a deriva por um tempo até ser resgatado por um navio de portugueses que o levaram para o Brasil.
No Brasil, Crusoé conseguiu comprar terras e acabou se tornando um fazendeiro de sucesso. Ele só partiu quando outros fazendeiros fizeram-lhe a proposta de que se capitaneasse um navio para buscar escravos, dividiriam o lucro.

Robinson Crusoé


E lá foi ele para outra aventura. Mas, dessa vez, o navio naufragou devido a uma tempestade com furações. Apenas Crusoé sobreviveu nadando até terra firme. No dia seguinte, percebeu que estava em uma ilha deserta. O navio havia ficado encalhado nas proximidades da ilha e, por isso, ele improvisou um jangada para recolher tudo que precisava para sobreviver: comida, bebidas, roupas, armas, pólvora, colchões, cordas, lonas, madeira, além de dois gatos e um cachorro. Ele só deixou pra trás as moedas de ouro, já que em uma ilha deserta não tinham valor algum. Ele apelidou a ilha de Ilha do Desespero.


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Enquanto aguardava por socorro, Crusoé precisou tomar algumas atitudes para sobreviver, já que tudo que tinha recolhido do navio seria suficiente apenas para alguns dias. Ele, primeiramente, construiu um casa em cima de uma árvore, assim estaria protegido de animais selvagens. Depois, ele sentiu a necessidade de complementar sua alimentação, fazia isso caçando animais da ilha. Com o tempo, iniciou um rebanho de cabras e uma plantação de arroz e trigo.


Após um terremoto, ele decidiu construir uma casa mais no interior da ilha, pois percebeu que a sua era muito frágil, com isso, ficou com uma casa na praia e outra no campo.

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Durante alguns anos ele teve como companhia apenas o cachorro resgatado do navio e um papagaio da própria ilha.
Crusoé tinha a ideia fixa de sair da Ilha do Desespero. Para isso, iniciou a construção de canoas. Para fazer a primeira canoa, ele derrubou uma árvore bem grande e foi cavando o meio até dar a forma necessária. Só depois percebeu que não conseguiria levá-la para a praia, pois era muito pesada.


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Ele, então, levou mais 1 ano para construir a segunda canoa. Assim que foi pra o mar, uma forte correnteza o fez dar a volta na ilha, parando em um local que ele nunca tinha visitado. Lá avistou uma pegada. Retornou para a parte da ilha que habitava há anos sentindo muito medo.


Nesse ponto, ele já morava na Ilha há 15 anos. Tomou coragem e resolveu voltar naquela parte onde tinha avistado a pegada. Ficou com muito medo, pois encontrou uma fogueira recém apagada e ossos humanos. Porém, continuou por um tempo vigiando aquele local.


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Certo dia, um dos prisioneiros dos canibais fugiu. Crusoé matou dois canibais que seguiram o prisioneiro e, com isso, os dois se tornaram amigos. Como era sexta-feira, Crusoé passou a chamar o novo amigo de Sexta-Feira.
Crusoé ensinou para Sexta-Feira diversas coisas que considerava serem úteis: Primeiro, Sexta-Feira deveria chamá-lo de Amo, pois, apesar de amigos, achava que este devia-lhe respeito pela vida salva. Segundo, ensinou que era contra o ritual antropofágico (comer carne humana), já que Sexta-Feira vinha de uma tribo com a crença de que comer carne humana era correto. Terceiro, ensinou que era importante andar vestido, para isso deu-lhe algumas roupas. Quarto, ensinou a língua inglesa para facilitar a comunicação. Quinto, ensinou a usar armas de fogo, para caçar os alimentos. Sexto, ensinou a comer carna assada e salgada de animais, para que ele não voltasse a desejar carne humana.

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Vários habitantes da ilha vizinha foram resgatados, entre eles, o pai de Sexta-Feira e Lope, um espanhol. Eles disseram que a Ilha do Desespero era melhor para viver, já que na ilha de Sexta-Feira não tinha material para fazer canoas, além de enfrentarem ataques frequentes da tribo rival.


Até que um dia, alguns piratas desembarcaram na ilha. Crusoé os aprisionou e tomou-lhes o navio, assim conseguiu retornar para Inglaterra depois de 27 anos vivendo na Ilha do Desespero.


Na Inglaterra, viu que seus pais já haviam falecido. Com o tempo foi refazendo sua vida, casou-se com Isabel e teve dois filhos. Viveu financeiramente bem, pois resgatou suas terras do Brasil que davam-lhe bons rendimentos.


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Quando seus filhos ficaram adultos e sua esposa faleceu, Crusoé aproveitou a viagem de um sobrinho para rever a Ilha do Desespero. Lá encontrou o pai de Sexta-Feira e Lope espanhol, além de mais 60 pessoas. Despediu-se da Ilha novamente e seguiu para o Brasil


Durante o percurso, o navio foi cercado por indígenas. Eles atiraram flechas em Crusoé, mas Sexta-Feira entrou na frente e foi morto. Crusoé ficou muito abalado por perder o companheiro de tantos anos.
Crusoé terminou seus dias no Brasil como fazendeiro, desfrutando de riqueza e conforto. Os filhos dele ficaram na Inglaterra e foram felizes.

Robinson Crusoé retrata, ilustra e exemplifica o pensamento lockeano, uma vez que o personagem principal se encontra em estado natural e, na contingência de produzir sua sobrevivência, seu trabalho vai expandindo suas posses até ele se sentir dono de toda a ilha. Para John Locke, a propriedade é um direito natural e fruto do trabalho, portanto, para evitar a ameaça ao gozo da propriedade, das liberdades e da igualdade, o homem obriga-se a abandonar o estado natural e criar a sociedade política, através do pacto social;


Fontes:
contosdasletras.blogspot.com
skoob.com.br
ambitojuridico.com.br
google.com

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