sábado, 22 de fevereiro de 2020

As origens do Carnaval no Brasil.



O Carnaval foi trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII, manifestando-se inicialmente por meio do entrudo, uma brincadeira popular. Com o passar do tempo, o Carnaval foi adquirindo outras formas de se manifestar, como o baile de máscaras. O surgimento das sociedades carnavalescas contribuiu para a popularização da festa entre as camadas pobres.

A partir do século XX, a popularização da festa contribuiu para o surgimento do samba, estilo musical muito influenciado pela cultura africana, e do desfile das escolas de samba, evento que acabou sendo oficializado com apoio governamental. Nesse período, o Carnaval assumiu a sua posição de maior festa popular do Brasil.


Entrudo


Quadro do século XIX representando a realização do entrudo no Rio de Janeiro.[1]
                       Brincadeira do entrudo no Rio de Janeiro

O Carnaval chegou ao Brasil por meio da prática do entrudo, uma brincadeira muito popular em Portugal. Essa prática estabeleceu-se no Brasil, na passagem do século XVI para o XVII, e foi muito popular até o século XIX, desaparecendo do país em meados do século XX, por meio da repressão que se estabeleceu contra essa brincadeira.



O entrudo poderia ser realizado de diversas maneiras, como manifestações de zombarias públicas. A forma mais conhecida era o jogo das molhadelas, realizado alguns dias antes da Quaresma e que consistia em uma brincadeira de molhar ou sujar as pessoas que passavam pela rua. Poderia ser realizado publicamente, mas também poderia ser realizado de maneira privada.

No jogo das molhadelas, produziam-se recipientes que eram preenchidos de determinado líquido. Esse líquido poderia ser aromatizado, mas também poderia ser malcheiroso e, neste caso, o recipiente era preenchido com água suja de farinha ou café, por exemplo, e até mesmo urina.

No Entrudo os foliões utilizavam máscaras.


No século XIX, houve uma intensa campanha contra o entrudo. Como resultado da passagem da monarquia para República, da atuação mais consistente do Estado em ações de gentrificação (expulsão das camadas populares dos centros das cidades) e da repressão a manifestações populares, a prática perdeu forças no começo do século XX.

A imprensa foi uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento da campanha contra o entrudo no Brasil. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas, principalmente, as polcas.

A classe baixa então buscou realizar suas festividades nas vias públicas com a construção de blocos, grupos de maracatus, frevos, até que, em 1928, surgiu a primeira escola de samba: a Deixa Falar, que posteriormente recebeu o nome de Estácio de Sá. A partir desse período, o carnaval de rua foi priorizado nas grandes cidades brasileiras.

As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, destacando-se a figura de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música “Ô abre alas”. O samba somente surgiu por volta da década de 1910, com a música “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se, ao longo do tempo, o legítimo representante musical do Carnaval.


O Abre Alas -  Chiquinha Gonzaga


Os cordões Carnavalescos os responsáveis por fazer do carnaval de rua a festa popular e musical que nós conhecemos. Surgidos nos estertores do Império, os cordões resultavam da aproximação de amigos do mesmo bairro para se divertir, brincar e criticar a situação de uma forma geral. O mais famoso cordão _ além do resistente Cordão da Bola Preta _ talvez tenha sido o Rosa de Ouro, do Andaraí, que inspirou a maestrina Chiquinha Gonzaga a compor sua famosa marcha O Abre Alas, de 1899, marca do carnaval carioca, possivelmente a primeira música feita especialmente para o carnaval.

Os cordões eram perseguidos pela polícia e só podiam desfilar depois da autorização do "chefe da polícia", expressão eternizada no considerado primeiro samba brasileiro, "Pelo Telefone" de Donga e Mauro de Almeida.

Pelo telefone - Chico Buarque e Donga

Hoje o carnaval é a maior festa popular do Brasil e atrai milhões de turistas para cidades como Rio de Janeiro e Salvador.
Desfile Acadêmicos do Tatuapé - 2020



Fontes:
brasilescola.uol.com.br
mundoeducacao.bol.cuol.com.br
google.com
youtube.com
querepublicaeessa.an.gov.br
ebiografia.com

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