quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

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No dia 20 de fevereiro de 1777 a força naval espanhola chegou à enseada de Canasvieiras, em Florianópolis, e invadiu a Ilha de Santa Catarina, forçando a retirada das autoridades e parte das tropas para o lado do continente. A capitulação das tropas portuguesas aconteceu de forma humilhante, com a fuga de uns e o embarque de outros em direção ao Rio de Janeiro. O objetivo de dominar a Ilha evidenciou-se com a presença de inúmeros sacerdotes que, acompanhando a expedição, distribuíram-se pelas freguesias da Ilha. Ainda mesmo ano, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Santo Ildefonso e, pelas cláusulas do contrato, Portugal recebeu de volta a Ilha de Santa Catarina e ficou com quase todo o atual Estado do Rio Grande do Sul – a Espanha recebeu a Colônia do Sacramento e o território das Missões. Com respeito à Ilha, o governo português se comprometia a não utilizá-la como base naval nem por embarcações de guerra ou de comércio estrangeiros.


A ilha estava no meio da briga entre Portugal e Espanha pelas riquezas do continente sul-americano. Para garantir o controle da Ilha, os portugueses construíram quatro fortificações, como mostrou a reportagem de segunda-feira.


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Mas, em 23 de março de 1777, nenhuma construção impediria a ilha catarinense dos invasores. A armada espanhola chegou com 117 navios. Evitou enfrentar os canhões das fortalezas da Baía Norte e desembarcou em Canasvieiras, longe do perigo.


“Os portugueses não tiveram a menor chance, a desproporção de forças era enorme, 12 mil homens espanhóis contra 3, 4 mil portugueses. Além disso, a pequena esquadra portuguesa aqui foi chamada para proteger o Rio de Janeiro. A ilha de Santa Catarina praticamente foi dominada em menos de uma semana.

Houve pânico e os mil militares portugueses, assim como boa parte da população, trataram de sair da ilha e buscar refúgio no continente.

Em 01 de Outubro de 1777 foi assinado o primeiro Tratado de Santo Ildefonso definiu que a colônia de Sacramento e a Ilha de São Gabriel, atualmente na região do Uruguai, e a região dos Sete Povos das Missões, atualmente na área oeste do estado do Rio Grande do Sul, ficariam de posse da Espanha, e Portugal exerceria posse sobre a margem esquerda do rio da Prata e novamente sobre a ilha de Santa Catarina, que tinha sido ocupada pelos espanhóis pouco tempo antes.


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Antes do acordo, em junho daquele ano, invasões espanholas sob o comando de Dom Pedro de Cevallos haviam destruído as defesas da Colônia de Sacramento e seu porto ficou obstruído, contexto em que também foi conquistada pela Espanha a ilha de Santa Catarina. Estes conflitos acarretaram a assinatura do acordo entre a rainha Maria I de Portugal e a Espanha, alguns meses após.

Com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, que restabelecia algumas linhas gerais do Tratado de Madrid, defendida por Alexandre de Gusmão, o território de São Pedro do Rio Grande ficou cortado ao meio, no sentido longitudinal, próximo a cidade atual de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

O Tratado de Madri, assinado em 1750, concedia algumas vantagens maiores à Portugal, mas foi anulado em 1761 pelo Tratado de El Pardo. Os numerosos tratados assinados não costumavam obter êxito nos trabalhos de demarcação, e Portugal acabou mantendo a posse dos territórios na América do Sul, como a região dos Sete Povos das Missões, conquistadas poucos anos mais tarde pelos gaúchos Manuel dos Santos Pedroso e José Borges do Canto.

Mais tarde, outro tratado, o de Badajoz, assinado entre os portugueses e espanhóis, criou um acordo de paz entre as duas nações, sem consolidar o Tratado de Santo Ildefonso. Em 1801 a fronteira foi fixada na linha entre as cidades de Quaraí, Jaguarão e Chuí, e restabelecendo a divisão definida no Tratado de Madri, 50 anos antes.

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Fontes:
seuhistory.com
g1.globo.com
google.com
invasaoespanhola.blogspot.com


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