Olá, pessoal !

Hoje vamos falar do livro "Ilusões Perdidas" (illusions perdues) de Honoré de Balzac.

Por muitos, inclusive Marcel Proust, considerado a obra mais importante de Balzac, que faz parte do conjunto de obras de autor chamada de "La Comédie Humaine.

Balzac

Na França, da  primeira metade do século XIX, período da Restauração. Lucien Chardon, um bonito jovem da província de Angouleme, poeta e muito pobre, trabalha na tipografia que seu grande amigo David Sechard comprou de seu pai. Nenhum dos dois tem tino para esse tipo de negócio, mas é o que conseguem fazer para sobreviver. David se apaixona pela irmã de Lucien, o qual se envolve com uma mulher mais velha e casada. Às vésperas do casamento de David com sua irmã, Lucien vai com sua amante para Paris.  Além de não assistir ao casamento, ainda empresta dinheiro dos noivos. Chegando em Paris, não demorou para que sua amante o deixasse de lado em razão de sua origem humilde. Totalmente à deriva, Lucien tenta vender seus poemas, mas não tem êxito e começa a passar necessidades materiais, pois sua família não tem como ajudá-lo mais. Até que Lucien se insere num grupo de rapazes em situação parecida com a sua: jovens tentando publicar suas obras. Lucien se envolve num universo de frivolidades, de hipocrisia, e tem seus valores morais colocados à prova. 

Lucien entra num mundo de hipocrisias e futilidades do "grand monde"

Ele despreza esse mundo, mas ao mesmo tempo não consegue se desvencilhar de seus atrativos.

Com o tempo ele é desprezado por aqueles que ele admirava e ao mesmo tempo repelia.

Sem emprego e sem maneira de se manter em Paris, ele aceita um emprego num jornal local.

Lucien viu no jornalismo a oportunidade para se vingar dos seus novos inimigos e ascender na sociedade.

Graças a uma crítica teatral, Lucien conseguiu um bom contrato em um jornal liberal. Descobriu o repugnante segredo dos articulistas: ao redigirem, tomavam partido de quem melhor lhe conviesse; quase sempre, daquele que pagava mais. O mesmo livro que era elogiado, ressaltando-se os pontos positivos, podia ser no dia seguinte destruído; bastava mudar o ponto de vista, pincelar algumas teorias e idéias estrangeiras, mudando a assinatura no final. Lucien achou aquela novidade muito confusa, porém não hesitou em adotar o método, em busca de fama e fortuna. Passou então a ser temido e respeitado entre os que poucos antes o humilharam; contudo, ainda um estranho no ninho.

Permitiu-se luxos e conviveu com a nata da sociedade, deixando para trás seus amigos e seus princípios em nome de uma ambição desmedida e doentia. A inveja e o interesse eram os combustíveis daquela sociedade hipócrita, cuja lógica Lucien absorveu rapidamente. Enxergando novas oportunidades, mudou sua posição política e apoiou monarquistas.Quando a fama do protagonista incomodou os velhos caciques da imprensa, armaram ciladas para destruir a reputação do jovem.

No final, descobre-se só e triste, insatisfeito com tudo e com todos e sem um vintém para ajudar sua família. Na mesma velocidade com que obtivera todos seus sonhos, perdera a glória que lhe era prometida. “Quem era ele nesse mundo de ambições? Uma criança que corria atrás de prazeres e vaidades, sacrificando tudo a esse sonho”

“Ilusões Perdidas” compõe um cenário da vida parisiense do século XIX, mas não se trata de um simples romance de costumes: é uma lição de vida, que nos leva a refletir até quando vale a pena abrir mão de nossos princípios em prol das riquezas materiais.

Em 1965, a então TV Paulista, depois Globo exibiu uma novela com  o mesmo título, e baseada na obra de Balzac,co  Reginaldo Farias, Leila Diniz, Osmar Prado, Norma Blum e Emiliano Queiróz.

Direção de Libero Miguel e depois de Sérgio Brito. Novela de Eniz Petri.

 Reginaldo Farias e Leila Diniz

Osmar Prado e Miriam Pires

Fontes:

wikipedia.org

oquevidomundo.com/resenha-ilusoes-perdidas-balzac

ebah.com.br/content